CAMINHO PARA DEUS

MSG 693 de 28/04/2020

O perfil do caminho que devemos percorrer para alcançar a vida eterna, foi visto por Jacó através de um sonho, mostrando uma escada (Gn. 28: 12-13). Relatou Jacó que os anjos de Deus subiam e desciam por ela. Esse sonho representava um perfil da trajetória em que o seguidor de Cristo deve passar, na busca da santificação para chegar a Deus (Hb. 12: 14). Cada desafio vencido pela fé, representa um degrau que conseguimos subir (Hb. 10:38). Essa luta é o batismo de fogo citado por João Batista (Lc. 3: 16). Entretanto, muitos fracassam na fé, não conseguem subir todos os degraus, morrem, e ficam pelo meio do caminho. Nesse caso, a evolução é interrompida, e o espírito da pessoa leva suas obras, mas se torna escravo do inimigo nas regiões celestes. Por ser intelectualmente desenvolvido, ele se transforma em potestade maligna, já que é obrigado a fazer o que satanás manda, e não o que ele gostaria de fazer. Veja como o apóstolo Paulo os considerou. Eis o texto:

“porque a nossa luta não é contra o sangue e a carne, e sim contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes.” (Ef. 6: 12).

Esse tipo de força maligna alcança a mente humana, e só é percebido quando as pessoas têm bom conhecimento bíblico, e podem comparar as sugestões, mentalmente recebidas, com a verdade contida no evangelho (Ef. 6: 15-16). Isso foi demonstrado por Jesus na tentação do deserto, onde o diabo o levou ao pináculo do templo, e citou textos das Escrituras para convencer o Senhor, fazendo, porém, de maneira errada, na tentativa de enganar.

Visando nossa salvação no futuro, algumas vezes Deus permite que esse tipo de espírito fique em nossa vida. Foi o que o apóstolo Paulo chamou de espinho na carne (2 Co. 12:7-8-9). É a prisão pelo pecado quando negligenciamos os mandamentos do evangelho. Jesus apontou alguns dos motivos que nos levam a essa situação (Mt. 5: 23 a 26). Veja também o que disse também o apóstolo João a esse respeito. Eis o texto:

“Se alguém vir seu irmão cometer pecado que não é para morte, orará, e Deus dará a vida àqueles que não pecarem para morte. Há pecado para morte, e por esse não digo que ore.” (I Jo. 5: 16).

A prisão pelo pecado é muito comum em nossos dias. Não é raro ver que Deus abençoa uns, e outros não. Na verdade, o Senhor não faz acepção de pessoas. Mas Ele dá a cada um segundo suas obras (Jr. 17: 10). Assim, aquele que deseja ser bem sucedido no caminho para Deus, deve observar tudo que Jesus nos ensinou e tomar como modelo, seguindo rigidamente suas pegadas. Uma delas, de grande importância, foi mostrada na postura do Senhor por ocasião da tentação no deserto. Ele respondeu todas as sugestões de satanás, comparando-as com o que consta das Escrituras. Ele não precisava disso; mas assim fez apenas como exemplo de ensinamento para aqueles que o obedecem (Mt. 4: 1 a 10). O diabo citou também as Escrituras, mas o fez de maneira distorcida. Isso é o que mais acontece hoje, através de pessoas enganadoras, que levam suas vítimas a professar falsamente os textos do evangelho. Portanto, no caminho para Deus não devemos confiar em intermediários, sob pena de perdermos a salvação (Jr. 17: 5).

Que o Senhor nos conceda a força e o poder para vencer todas as coisas.

Natanael de Souza