Mensagem

A UNÇÃO DE DEUS

MSG 950 de 11/12/2023

      Jesus indicou que estava voltando para o Pai, e deixando com os discípulos a unção de Deus para ser multiplicada na terra através do evangelho. Em sentido figurado, a exemplificou, na parábola dos talentos, como sendo um homem que viajou para longe, e deixou seus bens com três servidores, distribuindo-os segundo a capacidade de cada um (Mt. 25: 14-15). Ele mostra que foram entregues cinco unidades para o primeiro; duas para o segundo, e apenas uma para o terceiro. Levando em conta que os talentos representam autoridade no mundo espiritual, importa saber, qual o atributo que foi considerado para definir a capacidade de cada um. As Escrituras relatam esse atributo, quando descrevem a escolha de Davi para ser rei de Israel. Elas registram que ao desfilar os filhos de Jessé, o profeta Samuel, considerando a aparência de Eliabe, pensou que ali estava o homem a quem buscava. Mas o Senhor o rejeitou, com a seguinte explicação. Veja o texto:

      “... Não atentes para a sua aparência, nem para a grandeza da sua estatura, porque o tenho rejeitado; porque o Senhor não vê como vê o homem, pois o homem vê o que está diante dos olhos, porém o Senhor olha para o coração.” (I Sm. 16: 7).

       Isso deixou claro que Deus nos escolhe pelo perfil de nosso espírito. Certamente, por um perfil espiritual, cuja postura se aproxima mais da lei divina. Por isso, podemos ter certeza de que o Senhor concede maior autoridade espiritual àqueles cuja postura o agrada mais. Isso também foi mostrado no caso de Caim e Abel, onde o Senhor considera como pecado o fato de Caim não o tratar de forma especial (Gn. 4: 3 a 7). Portanto, podemos levar em conta que a unção de Deus é maior naqueles que o agradam e o temem de forma especial (Is. 66: 1-2). Vivemos num tempo em que ela é ignorada por muitos que se dizem servir a Deus. Isso é um triste aspecto que abate sobre os cristãos. Mas existe uma explicação bastante clara. Só reconhece a unção de Deus aquele que foi tocado pelo Espírito Santo. Assim, o desrespeito à unção do Senhor concedida a alguém, é um evidente sinal de cegueira espiritual. É o cartão de visita daqueles que se dizem cristãos baseando na aparência, exatamente naquilo que Deus condenou na escolha de Davi. Esse é o autêntico retrato do falso profeta que se mistura no meio dos servos de Deus. Eles são cegos guiando cegos, e vão cair todos na cova do diabo. Veja o que disse Jesus sobre os fariseus em caso semelhante. Eis o texto:

      “Então, acercando-se dele os seus discípulos, disseram-lhe: Sabes que os fariseus, ouvindo essas palavras, se escandalizaram?... Ele, porém, respondendo, disse: Deixai-os; são cegos condutores de cegos. Ora, se um cego guiar outro cego, ambos cairão na cova.” (Mt. 15: 12-13-14).  

       É exatamente o que está acontecendo nas igrejas evangélicas. Os herdeiros dos fariseus cegos vestem bonitos ternos, esmeram na aparência, e combatem aqueles que têm um chamado de Deus, para mostrar a verdade ao mundo. Eles são adversários do bem, e detestam ver Jesus operando milagres em nossos dias. Por isso, combatem ferozmente aqueles a quem o Senhor ungiu. Dessa forma, a unção de Deus em seus escolhidos tem se tornado objeto de inveja por aqueles não são chamados do Senhor, mas se vestem como líderes do evangelho, para satisfazer suas ganâncias. É inacreditável como esse ardil de satanás tem alcançado pessoas que, tradicionalmente são tidas como servos de Deus, enganando aqueles que os seguem.
 
       Que o Senhor a quem servimos possa falar melhor ao seu coração.
 
                                                   Natanael de Souza