Mensagem

O Direito à Vida

MSG 008 = 22/02/2007

   
          “Ordenou o Senhor Deus ao homem, dizendo: De toda árvore do jardim podes comer livremente; mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dessa não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás. ” (Gn. 2:16-17).

         Admitindo a possibilidade eventual do homem comer da árvore proibida, ficou entendido que o homem poderia obedecer ou não a ordem de Deus. Se obedecesse viveria eternamente. Nesse caso, não haveria previsão de morte para ele. Desobedecendo,porém, iria morrer. O homem se deixou levar pela mentira, desobedeceu e contraiu a natureza da morte. Essa natureza nos acompanha até hoje. O caráter de Deus não mudou,e somente a obediência a Ele nos conduz ao direito de viver eternamente. O Senhor Jesus confirmou esse princípio. Veja:

         “Em verdade, em verdade vos digo que, se alguém guardar a minha palavra, nunca verá a morte. ” (Jo. 8:51).

         Esse direito de opção pela natureza da vida ou da morte,é o que chamamos de livre arbítrio. Portanto, quando tomamos conhecimento da vontade de Deus, e não a praticamos, estamos pecando e buscando o caminho da morte (Veja Rm. 6:23).

         É oportuno lembrar que Deus nos concederá a vida enquanto ver em nós a determinação de lutar por ela. Ele prefere que vivamos (Veja Jo.10:10). Mas se decidirmos por buscar a morte, Ele não nos impedirá de encontra-la (Veja Mt. 7:7).

         Existem exemplos de pessoas que mesmo erradas buscaram a vida, e Deus atendeu. Veja o caso do rei Manassés em II Crônicas 33: 9 a 13. Na sua angústia buscou a vida, e Deus o atendeu. Isto mostra que mesmo quando estamos errados devemos buscar a vida, pois Ele perdoa nossos pecados e nos conduz à vitória (Veja em I de João 1:9).

         Há também exemplos de pessoas que buscaram a morte, e Deus não os salvou. Foi o caso do rei Saul. Em I Samuel 31:3-4 é dito que quando Saul se viu vencido pelos filisteus, pediu a morte. Até tentou se matar para não deixar que seus inimigos o matassem. Mas acabou sendo morto por um homem amalequita (Veja em II Sm. 1: 1 a 10).Por ironia, o homem que o matou era descendente de um povo a quem Deus havia mandado Saul destruir, e ele não o fez por completo (Veja I Sm. 15:3 e 8).

         Os exemplos aqui citados mostram que a determinação de Deus se cumpre com perfeição, independente do tempo. Por isso, podemos estar caminhando para a morte ou para a vida, dependendo do nosso empenho em cumprir a vontade de Deus, naquilo que já conhecemos.

         É bom não esquecer que tanto a vida como a morte tem duas etapas. A primeira etapa da vida vai do dia em que nascemos até o dia da morte do corpo físico. A segunda começa no dia em que morremos e entramos em vida espiritual. Esta pode ser eterna, ou limitada, dependendo dos nossos atos (Veja Jr. 17:10). Também a primeira etapa da morte acontece no dia em que nosso corpo volta ao pó (Gn. 3:19). A segunda vai acontecer se formos reprovados pelo Criador no dia do Juízo final (Ap. 21:8).

         Continuar em vida eterna ou sofrer o dano da segunda morte, depende de cada um de nós. Se formos considerados vencedores aqui, certamente teremos vida eterna (Ap. 2:11). No mundo de hoje a grande maioria das pessoas estão voltadas para a primeira etapa da vida, não se importando em investir na segunda (vida espiritual). Mas as consequências serão terríveis, pois independente de acreditarmos ou não, vamos acertar contas com Deus (Veja Dt.18:19). 

       Que o Senhor te abençoe e te guarde.