ALIANÇA COMPLETA

MSG 955 = 01/01/2023

Uma aliança é composta de dois pontos básicos, indicativos da firmeza de compromisso e aceitação das duas partes envolvidas. Considerada como uma Nova Aliança entre Jesus e aqueles que o seguem, a lei da graça no cristianismo não é diferente. Ela é identificada por dois tipos de batismo, sendo o batismo nas águas, que é a nossa parte; e o batismo com o Espírito Santo, como sinal da parte de Jesus (Lc. 3: 16-17). Portanto, essa aliança fica incompleta quando a consideramos apenas pelo primeiro batismo, e não a fechamos com o segundo, que é a confirmação do Senhor. Muitos acham que com o simples toque do Espírito Santo, podemos nos considerar aptos para vencer os desafios espirituais, e evoluir nos degraus do caminho que leva à salvação. Mas na verdade o primeiro toque do Espírito Santo tem por finalidade abrir nosso coração para entender a vontade de Deus. Isso acontece quando ele vê em nós o desejo de arrependimento. Nessa abordagem ele afasta o efeito de nossos pecados, e passamos a ver e entender a verdade. É o novo nascimento espiritual (Jo. 3: 3). Mas não é ainda a confirmação da santa aliança. Veja o que o apóstolo Paulo disse aos efésios que haviam sido batizados somente nas águas. Eis o texto:

“... João batizou com o batismo de arrependimento, dizendo ao povo que cresse no que após ele havia de vir, isto é, em Jesus Cristo. E os que ouviram foram batizados em nome do Senhor Jesus. E, impondo-lhes Paulo as mãos, veio sobre eles o Espírito Santo; e falavam línguas, e profetizavam.” (At. 19: 4-5-6).

A atitude de Paulo deixou claro que o batismo com o Espírito Santo é o fechamento da santa aliança, que sela o cristão como propriedade exclusiva do Senhor (Ef. 3: 13). Certamente, foi por isso que Jesus, antes de subir para os céus, ordenou aos discípulos que ficasse na cidade até que do alto fossem revestidos de poder (Lc. 24: 49). Portanto, independente do nome que se dá ao sistema, quem busca a salvação baseando somente no batismo de João, está espiritualmente incompleto, e vulnerável aos ataques do inimigo, visto que não recebeu o poder do alto. É claro que nessas condições a pessoa tem a revelação da vontade de Deus, e pode ensinar, conforme Jesus mandou (Mt. 28: 20). Mas sempre vai estar vulnerável às ciladas do inimigo, mesmo porque não tem a marca de Deus, que é o selo do Espírito Santo. Isto não quer dizer que o que não foi batizado seja inferior, pois no cristianismo o livre arbítrio é respeitado. Porém, Deus compensa a cada um segundo suas obras, segundo o fruto de suas ações (Jr. 17: 10). Entretanto, existem situações em que o batismo com o Espírito Santo faz grande diferença. Uma delas é no evento da morte, onde os anjos do diabo não podem tocar na alma daquele que foi selado. Veja o texto:

“Sabemos que todo aquele que é nascido de Deus não peca; mas o que de Deus é gerado conserva-se a si mesmo, e o maligno não lhe toca.” (1 Jo. 5: 18).

Portanto, irmão, se você acha que vai ser salvo sem completar a aliança com Deus, nós não contestamos. Mas não julgue o outro, pois a verdade pode te decepcionar, quando terminar seu tempo aqui. Não critique aquele que evidencia a presença do Espirito Santo por falar em línguas, sem ter a certeza de seu engano, pois as Escrituras advertem para que não estribemos em nosso próprio entendimento (Pv. 3: 7).

Que o Senhor a quem servimos possa falar melhor ao seu coração.

Natanael de Souza