Mensagem

PRECISAMOS EVOLUIR

MSG 651 = 02/07/2019

       Deus chamou o homem à existência, primeiramente em espírito (Gn. 1: 26). Portanto, o ser humano já existia quando o Criador o deu forma, concebendo a ele um corpo físico tirado do pó da terra (Gn. 2: 7). Da união dos dois surgiu a alma, e o homem passou a ser visto como alma vivente. Isso mostra que os dois elementos essenciais do ser humano é o espírito, em primeiro lugar; e o corpo físico em segundo; sendo que esse é um mero acessório temporário na terra. A diferença de valor entre um e outro é incalculável. Enquanto o espírito pode viver eternamente, o corpo já vem com os dias contados desde o ventre materno (Sl. 139: 16). A alma é apenas um sentimento que só existe quando se trata de algo relacionado com a terra. Até mesmo Deus, sendo Espírito, pode ter esse sentimento, quando se refere a algo terreno (Is. 42: 1). Por isso, o homem pode ser definido como um espírito, que mora num corpo e tem uma alma (I Ts. 5: 23). Mas a Palavra do Senhor pode separar a alma do espírito (Hb. 4: 12). Assim, quando o evento da morte desfaz a união do corpo com o espírito, em condições normais, cada um retorna sua origem, ou seja, o corpo volta à terra, e o espírito a Deus (Ecl. 12: 7).  

       Da mesma maneira que existimos em duas formas, uma oculta e outra visível, existem também dois mundos, um visível e outro oculto (Hb. 1: 3 e 11: 3). O mundo oculto abriga uma parte superior ao nosso mundo visível, porque nela está a habitação do Criador e dono de todas as coisas (Is. 57: 15). Deus mostrou alguns detalhes que prefiguram o mundo espiritual. Um deles foi revelado, em forma de sonho, a Jacó, neto de Abraão, quando viajava de Berseba para Harã. As Escrituras relatam que Jacó pernoitou no caminho, e dormiu, fazendo de uma pedra seu travesseiro. Eis a transcrição do que aconteceu:   

       “Então Jacó sonhou. Ele viu uma escada que ia da terra até o céu, e os anjos de Deus subiam e desciam por ela. ... Deus estava ao lado dele e disse: —Eu sou o SENHOR, o Deus do seu avô Abraão e o Deus de Isaque, o seu pai. Darei a você e aos seus descendentes esta terra onde você está deitado.” (Gn. 28: 12-13). 

       Essa promessa não se referia apenas à doação daquele terra a Jacó, mas sobre tudo ao propósito de Deus para nos salvar da condenação do pecado, que havia sido prometido a Abrão, mas começou com Jacó, como o gerador das doze tribos de Israel. Sobre essas doze famílias geradas por Jacó, se assentam as bases do plano de salvação (Ap. 21: 12).

       O cenário dessa escada mostra um perfil, indicando que precisamos evoluir espiritualmente, em santificação, para retornar ao reino de Deus. Para conseguir isso temos de vencer os desafios representados pelos degraus da escada (Hb. 12: 14). Isso foi o que João Batista profetizou como batismo com fogo (Lc. 3: 16). Na medida em que vencemos os desafios da fé, edificamos espiritualmente, galgando os graus que devemos subir para chegar a Deus. Daí, a necessidade de ser discípulo de Jesus (Jo. 8: 31). Quanto maior for nossa capacidade de vencer pela fé, maior será a evolução de nosso espírito, até alcançar a nobreza de atitudes, necessária para praticar a lei do amor, que nos permite levar nossa cruz como o Senhor mandou (I Co. 13: 4 a 7 e Mc. 8: 34).

        Portanto, aquele que quer alcançar o paraíso, deve procurar evoluir espiritualmente, amando a Deus sobre todas as coisas, e ao próximo como Jesus mandou (Mt. 22: 37 a 40).

 
       Que o Senhor possa falar melhor ao seu coração. 
 
                                                            Natanael de Souza