Mensagem

O VERDADEIRO SACRIFICIO

MSG 652 = 09-07-2019

          A atração pelas coisas do mundo é a astúcia satânica que mais engana as pessoas.  Ela fortalece na medida em que a sociedade se moderniza, e prende cada vez mais as pessoas, levando-as ao intenso desejo pelas coisas terrenas. A Bíblia chama isso de concupiscência da carne, porque é o grande obstáculo que impede o homem de viver na prática do evangelho (Mc. 4: 19).  Por isso se diz que a amizade do mundo é inimizade contra Deus (Tg. 4: 4).  A pessoa apegada aos prazeres que o mundo oferece, não leva sua cruz como Jesus mandou, e a tendência é não se salva (Mc. 10: 25-26-27). Isso mostra o quanto é difícil amar a Deus sobre todas as coisas, em obediência ao mais importante mandamento (Mc. 12: 29-30-31). Essa é uma das razões pela qual as Escrituras classificam a obediência como valor maior que o sacrifício (I Sm. 15: 22). A oferta de bens materiais nos induz à ideia de que pagamos pela graça de Deus, e por isso vamos ser salvos. É um engodo diabólico, já que a única coisa que abriu o caminho da salvação para os seres humanos, foi o sacrifício de Jesus, cujo valor jamais temos condições de recompensar. Provavelmente foi prevendo isso que Deus condenou o sacrifício de holocaustos em lugar da obediência. Veja o que Ele mandou o profeta dizer ao povo, num tempo em que as pessoas valorizavam o sacrifício em detrimento da obediência. Eis o texto:  

       “... nada falei a vossos pais, no dia em que os tirei da terra do Egito, nem lhes ordenei coisa alguma acerca de holocaustos ou sacrifícios. Mas isto lhes ordenei, dizendo: Dai ouvidos à minha voz, e eu serei o vosso Deus, e vós sereis o meu povo; andai em todo o caminho que eu vos ordeno, para que vos vá bem.” (Jr. 7: 22-23).

      Literalmente o Senhor declara que não pediu holocaustos nem sacrifícios, mas obediência ao que Ele ordenou através de Sua Palavra.  Portanto, Deus não valoriza o sacrifício para quem não vive na prática dos mandamentos do evangelho, principalmente dos dois principais, que mandam amar a Deus sobre todas as coisas; e ao próximo como a si mesmo (Mc. 12: 29-30-31). Isso quer dizer que pecamos, ao invés de O agradar, quando trocamos o sacrifício da obediência pelo sacrifício financeiro. O Senhor revelou isso num tempo em que o povo era orientado a sacrificar, mas continuava desobedecendo a Palavra, acreditando que iria alcançar a salvação. Veja nos versículos transcritos abaixo:   Eis o texto:

      Eis que vós confiais em palavras falsas, ....  Que é isso? Furtais e matais, cometeis adultério e jurais falsamente...  e depois vindes, e vos pondes diante de mim ... e dizeis: Estamos salvos; sim, só para continuardes a praticar estas abominações!” (Jr. 7: 8-9-10).
 

       Esses textos levam à conclusão de que o verdadeiro sacrifício hoje é a obediência ao evangelho de Jesus, negando nossos desejos, nossa arrogância e soberba, para cumprir aquilo que representa a cruz do cristão, ou seja, amar a Deus acima de tudo, e ao próximo como a nós mesmos. Diante da variedade de interesses que existe em nossos dias, a atitude mais segura é crer que é a unção de Deus quem, verdadeiramente, nos ensina (I Jo. 2: 27). Jesus indicou que quando nosso coração é tocado, para aceitar o evangelho, o Espírito Santo deixa em nós um potencial de entendimento da Palavra do Senhor (Mt. 25: 14 a 19 e II Co. 3: 5).

       Portanto, é a obediência a Deus que nos leva à salvação, e quando confiamos sua Palavra, dependemos muito pouco da interferência humana entre nós e o Senhor.

 

       Que Deus nos conceda força e poder para vencer todas as coisas.