Mensagem

O VALOR DO CRISTÃO FIEL

MSG 619 = 13/11/2018

As Escrituras mostram que uma grande diferença de conceitos entre a visão divina e a visão mundana, passou a existir quando Deus interrompeu a comunhão com o homem (Gn. 3: 22-23). Perdidos no mundo, sem a direção do Criador, os seres humanos passaram a assimilar a natureza satânica, permanecendo nela por muitos séculos. Isso aconteceu porque o diabo passou a dominar o mundo com exclusividade, até o tempo em que Deus deu a Moisés as tábuas da lei. Nelas estavam determinados os mandamentos aos hebreus, como povo escolhido para restaurar a natureza divina em nosso favor. Essa foi a segunda fase evolutiva na revelação da vontade de Deus, trazendo os princípios morais da natureza divina, a um mundo que, desde a entrada do pecado, não tinha mais a plena comunhão com Deus.

     A partir da primeira vinda de Jesus, a natureza divina foi revelada (2 Pe. 1: 2-4). Passamos a viver a terceira fase de aperfeiçoamento, na caminhada de volta à plena comunhão com o Criador. Porém, mesmo já tendo decorrido mais de dois mil anos, boa parte dos homens ainda se encontra vivendo enganada pelo inimigo. A razão dessa permanência da natureza satânica, foi explicada por Jesus, em forma de parábola, onde se compara os povos do mundo a uma mistura de trigo e joio. Através desse relato o Senhor mostra que virá o tempo em que o joio será arrancado e queimado, e o trigo permanecerá nos celeiros do altíssimo (Mt. 13: 24 a 30).

      Mas, mesmo a parte considerada trigo ainda deixa a desejar, em relação ao verdadeiro posicionamento de seus direitos e deveres perante Jesus.  O versículo adiante reproduzido dá uma ideia bastante esclarecedora da posição que um cristão fiel pode assumir. Ele descreve a postura de um grande anjo que mostrou ao apóstolo João, os eventos que irão acontecer ainda em futuro. Veja o relato do que aconteceu. Eis as palavras do apóstolo:

    “ Prostrei-me ante os seus pés para adorá-lo. Ele, porém, me disse: Vê, não faças isso; sou conservo teu e dos teus irmãos que mantêm o testemunho de Jesus; adora a Deus. Pois o testemunho de Jesus é o espírito da profecia.” (Ap. 19: 10).  

        Ficou claro que o seguidor de Cristo é equiparado aos anjos, enquanto permanecer fiel aos mandamentos Jesus. O motivo é simples. O exercício da vida cristã é firmado por alianças, envolvendo direitos e deveres dos dois lados. Quando assumimos o compromisso de seguir a Cristo, através do batismo nas águas, e somos confirmados pelo Espírito Santo, temos o dever de cumprir os mandamentos do evangelho. Se assim o fizermos com fidelidade, Jesus garante a paga da dívida de pecados que temos para com Deus, e o Senhor nos vê como limpos das transgressões que havíamos cometido. Portanto, o cristão passa a ter o status espiritual de anjo, enquanto permanecer fiel a Jesus. Foi por isso que o Senhor considerou como anjos  todos os líderes das sete igrejas da Ásia, descritas no inicio do livro do Apocalipse.

        Quando passamos viver pela natureza divina, a diferença entre nós e os anjos, é o fato de estarmos sujeitos à condição carnal, e expostos ao risco de retroagir na fé (Hb. 10: 38). Isso significa que somos menores, em estatura espiritual, porque estamos ainda lutando para alcançar a coroa da vida (Ap. 2: 10). Por isso, quando somos cristãos fiéis, a morte passa a ser lucro para nós. (Fp. 1: 21).  

      Um detalhe simples nos chama a atenção. Jesus, respondendo aos saduceus, declarou que quem for havido por digno de alcançar a ressurreição, será como os anjos, e não está mais sujeito à morte (Lc. 20: 36). Isso quer dizer que quem conquista a condição de anjo na vida espiritual, tem vida eterna, mesmo porque não está mais sujeito ao fato gerador da morte, que é o pecado (Rm. 6: 23). Assim, se considerarmos que o diabo não tem vida eterna, e vai para morte no lago de fogo, podemos então confirmar que, segundo as afirmações bíblicas, ele jamais foi um anjo no trono de Deus.

 
      Que o Senhor possa falar melhor ao seu coração.
                                
                                                              Natanael de Souza