“... a carne milita contra o Espírito, e o Espírito, contra a carne, porque são opostos entre si; para que não façais o que, porventura, seja do vosso querer. ” (Gl. 5: 17).
Os propósitos de Deus são irrevogáveis. Tudo o que Ele estabeleceu, desde o princípio da criação, nunca mudou e jamais mudará. Nós, os humanos, foi o único ser vivente criado à Sua imagem e semelhança, para habitar na terra e dominar sobre ela (Gn. 1: 27-28). Por isso, trazemos a natureza carnal, que gera a vontade de satisfazer tudo o que o corpo pede. Mas trazemos também a natureza divina em nosso espírito, que nos leva a sentir realizado quando aproximamos de Deus.
Essa natureza, herdada de Deus, existe em cada ser humano, ainda que ele esteja mergulhado no pecado, e dominado pela natureza carnal. Mas nós só a descobrimos quando ela é trabalhada pelo Espírito Santo, a fim de que venhamos a reconhecer Jesus como nosso único e exclusivo salvador.
O versículo acima adverte sobre a tendência das duas naturezas que há em nós, mostrando que elas são opostas. Antes da nossa conversão, não sentimos os efeitos dessa oposição, porque estávamos bloqueados da comunhão com Deus, e dominados pela natureza carnal, que conduz à morte. Mas quando conhecemos a verdade e fomos libertos (Jo. 8: 31-32), passamos então a sofrer os efeitos das duas tendências.
A demanda da natureza carnal contra a divina se torna o ingrediente principalda luta que temos de travar para vencer e chegar à salvação. Atuando em nosso íntimo, essa demanda se assemelha à travessia de um deserto, onde só podemos contar com nosso próprio esforço e a providência de Deus. Devemos considerar que estamos a caminho da vida eterna, desde o dia que Deus nos despertou para vivermos pela Sua natureza. Por isso, é necessário empregar o máximo de esforço para não ceder aos domínios da natureza carnal, e procurar em todos os momentos, fazer prevalecer a natureza divina.
Abandonar a vontade da carne e dar vazão á do Espírito é o único meio de sermos vitoriosos. O apóstolo Pedro ensinou a maneira pela qual devemos lutar nesse sentido, para impedir que os nossos objetivos sejam corrompidos, e prosperar em busca da natureza divina. Veja o texto:
“... vós, reunindo toda a vossa diligência, associai com a vossa fé a virtude; com a virtude, o conhecimento; com o conhecimento, o domínio próprio; com o domínio próprio, a perseverança; com a perseverança, a piedade;com a piedade, a fraternidade; com a fraternidade, o amor.” (II Pe. 1: 5-6-7).
Não é fácil vivenciar todos esses princípios. Mas vale a pena. Na medida em que esforçamos para isso, passamos - já nessa vida - a ser alcançados pelas bênçãos de Deus (Jo. 5: 24). Muitos cristãos não estão sendo abençoados porque não se dispõem a lutar para evoluir na fé, e deixam a natureza carnal falar mais alto. Eles correm o triste risco de serem rejeitados na hora do julgamento (Ver Mt. 7: 22-23).
Portanto, amigo (a), faz uma reflexão sobre isso. O trabalho mais difícil para chegarmos a Deus, já foi realizado por Jesus em nosso benefício. A parte que ficou para nós é apenas a de obedecê-lo, e o prêmio por essa obediência é de um valor incalculável. Assim, é altamente prejudicial e enganoso viver pela vontade carnal. O rei Davi já sabia disso a mais de mil anos antes de Cristo. Veja o que ele disse:
“Uma coisa peço ao SENHOR, e a buscarei: que eu possa morar na Casa do SENHOR todos os dias da minha vida, para contemplar a beleza do SENHOR e meditar no seu templo.” (Sl. 27: 4).