Mensagem

Vigilância

MSG 087 = 27-08-2008

       

     “Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, depois de terdes vencido tudo, permanecer inabaláveis. ”(Ef. 6: 13).

      
      As condições de nossa vida espiritual são semelhantes à situação de um soldado. Se a luta está presente, estamos atuando; e se ela não está, devemos manter em estado de alerta para qualquer eventualidade, já que estamos sempre sujeitos ao ataque inesperado do adversário. Essa é a verdadeira situação daquele que realmente segue a Cristo, enquanto estiver nesse mundo. Por isso é importante que o cristão seja fiel e prudente (Mt. 7:24), já que o inimigo ronda vinte e quatro horas por dia buscando nossas almas (I Pe. 5:8).

     É aí que começa a cruz que temos de carregar, pois perseverar sóbrio e vigilante, na maioria das vezes, é mais difícil que vencer a luta. Isto porque a natureza humana tende a se acomodar, mesmo quando somos prudentes. O inimigo é paciente, e sempre que se vê barrado pelo escudo da fé que as Escrituras nos aconselham, passa a esperar pelos nossos momentos de fraqueza. Ele usa a mesma estratégia dos guerreiros antigos. Quando o alvo estava cercado de muros reforçados, e o momento não  oferecia boas condições, eles acampavam nas proximidades e aguardavam uma oportunidade para a invasão (Veja Jr. 39:1-2-3)

     Espiritualmente, esse tipo de astúcia foi aplicado até na vida de  Davi, tido como homem segundo o coração de Deus. As Escrituras relatam que no exato momento em que ele resolveu relaxar um pouco das guerras e descansar em casa, o inimigo o levou a desviar dos mandamentos de Deus, adulterando com a mulher de um soldado e mandando matar o marido dela (2 Sm. 11:1 a 17).

     Como vemos no versículo transcrito, o apóstolo Paulo sabiamente nos instrui a revestir das armaduras de Deus. Elas são representadas por princípios que devemos procurar praticar no cotidiano da  vida, como sendo:

  
  - Ser justo e verdadeiro (Ef. 6: 14);

 
  - Conhecer o evangelho (Ef. 6: 15);

- Manter a fé, e crer que através de Sua  Palavra, Deus nos salva (Ef. 6: 16-17) 

  - Perseverar em oração (Ef. 6: 18).

      A prática contínua desses princípios impede que o inimigo encontre oportunidade para influenciar  nosso espírito com pensamentos e sentimentos enganosos. É bom observar que a comunhão permanente com Deus é a estratégia que tem sido usada por todos os vencedores, inclusive por Jesus, que curava, ensinava e libertava durante o dia, e subia ao monte para orar durante a noite.

      Faz parte do caráter de Deus, atentar para aqueles que se esforçam em buscá-Lo (Tg. 4: 8). Por isso, o apóstolo Paulo adverte que devemos orar sem cessar (I Ts. 5: 17). Isso significa  colocar  previamente diante de Deus todas as nossas   atitudes e decisões para que venhamos a agir de acordo com o que já aprendemos de Sua Palavra. Em todos os tempos Deus tem respondido às atitudes daqueles que vivem com fidelidade aos Seus mandamentos. Um dos grandes exemplos disso ocorreu com Daniel. Jogado na cova dos leões, mesmo as feras mais famintas não o atacaram. Mas ele tinha o hábito de orar continuamente (Dn. 6:  10). Por isso,  mesmo sabendo que sua condenação estava decretada, não pediu livramento, mas orou em  ação de graças. Isso indica que ele acreditava totalmente na manifestação do poder de Deus  em seu favor. 


      Portanto, se você reconhece que o inimigo   tem feito surgir prejuízos, doenças, contendas ou qualquer outro tipo de destruição em sua vida, comece a praticar os princípios que geram as armaduras de Deus. Persevere neles, e verá que uma verdadeira muralha de proteção espiritual será formada em seu favor. As armaduras de Deus ensinadas pelo apóstolo Paulo, e acima descritas, fazem parte da igreja de Jesus que se forma no coração de  cada um de seus seguidores, e as portas do inferno não prevalecem contra ela (Veja Mt. 16: 16-17-18).

      Que o Senhor te abençoe poderosamente.