UM POVO PREPARADO

MSG 869 = 25.01.2022

Normalmente não entendemos a razão pela qual Deus mandou Isaías profetizar para que o coração do povo se tornasse insensível, vendo e não enxergando, ouvindo e não entendendo (Is. 6: 10). Mas hoje sabemos que isso aconteceu porque o reino de Deus estava prestes a ser estabelecido nos ares da terra, e o Senhor tinha o objetivo de impedir que as pessoas entrassem nele sem serem chamadas. Isso ficou evidente, quando as forças que formam esse reino espiritual, foram enviadas aos nos ares da terra, evoluindo poderosamente nosso relacionamento com o Senhor, para nos abençoar (Ef. 1: 3 e Ap. 6: 1 a 6). Veja o que disse o anjo Gabriel, a respeito de João Batista, o precursor de Jesus, e preparador das bases para a Nova Aliança. Eis o texto:

“... ele será grande diante do Senhor, não beberá vinho nem bebida forte e será cheio do Espírito Santo ... E irá adiante do Senhor no espírito e poder de Elias, para converter o coração dos pais aos filhos, converter os desobedientes à prudência dos justos e habilitar para o Senhor um povo preparado.” (Lc. 1: 16-17).

O anjo deixou claro que estava havendo uma grande evolução na forma de estabelecermos comunhão com Deus, ressaltando que essa evolução viria provocar a conversão de muita gente, levando os desobedientes à prudência dos justos, e habilitando um povo para o Senhor. Isso deixa a convicção de que, para aproximarmos de Deus, é necessário que venhamos nos preparar, pois não chegamos a Ele com a mesma roupagem espiritual que vivemos no mundo (Hb. 12: 14). Essa preparação só é possível quando somos chamados por Deus. Quando isso acontece, nosso espírito passa a ter um potencial de entendimento que o habilita a alcançar um estado de atitudes nobres (Jo. 6: 44 e Mt. 5: 48). Essa mudança é uma função do Espírito Santo, hoje alocado nos ares da terra, operando em nosso favor. Ao sermos alcançados por Ele, o efeito de nossos pecados é removido, possibilitando-nos entender o evangelho do reino. Esse processo de preparação leva ao novo nascimento espiritual, pelo qual todos deverão passar (Jo.3:3). Sua ação nos torna aptos a usar nosso direito de livre arbítrio, e decidir se abandonamos ou não nossa vida de pecados para retornar a Deus (Ecl. 12: 7). O Senhor continua dando-nos as mesmas prerrogativas que deu ao homem no princípio da criação, mostrando o santo caminho, mas respeitando a decisão individual de cada um (Gn. 2: 15-16-17). Para isso, o evangelho é anunciado, e explicado em detalhes, porém, de forma voluntária (I Pe. 5: 2). Aquele que o recebe pode optar pelo caminho da salvação, ou continuar no mundo de pecados sob os domínios de satanás (Lc. 4: 6). Entretanto, a decisão de cada um será avaliada, pela última vez, no dia do Juízo Final, quando ficará estabelecido definitivamente quem vai para a vida eterna, e quem vai para o lago de fogo, perdendo a semelhança com Deus, e vivendo eternamente na condenação. Veja o texto relatando o que vai acontecer no futuro:

“Então, a morte e o inferno foram lançados para dentro do lago de fogo. Esta é a segunda morte, o lago de fogo. E, se alguém não foi achado inscrito no Livro da Vida, esse foi lançado para dentro do lago de fogo.” (Ap. 20: 14-15).

Assim, a preparação de quem é chamado por Deus não o obriga a nada, mas mostra o futuro daquele que obedece ao Senhor, e daquele que não obedece (Ml. 4: 1-2-3).

Que Deus nos conceda a força e o poder para vencer todas as coisas.

Natanael de Souza