Mensagem

Tempos de Angustias (2)

MSG 230 = 23.3.2011

      Jesus dividiu o tempo do cristianismo em duas fases, a saber: principio das doresgrande tribulação Ele não marcou data específica declarando quando começaria ou terminaria cada uma delas, mas deu um perfil resumindo os fatos que haveriam de estar acontecendo no decorrer de uma e de outra. Assim, pelas características desses fatos podemos discernir em qual das fases estamos vivendo. Portanto, a nível mundial, é fácil perceber que desde a ascensão de Jesus os cristãos vivem o tempo a que ele chamou de princípio das dores. Mesmo porque não há cristianismo verdadeiro sem dores, ou seja, sem perseguições, guerras e adversidades. Observe as palavras contidas nesse texto: 

     “... virão muitos em meu nome, dizendo: Eu sou o Cristo, e enganarão a muitos. ... ouvireis falar de guerras e rumores de guerras; vede, não vos assusteis, porque é necessário assim acontecer, mas ainda não é o fim.Porquanto se levantará nação contra nação, reino contra reino, e haverá fomes e terremotos em vários lugares; porém tudo isto é o princípio das dores.”(Mt. 24: 5 a 8).

      Essas Palavras foram ditas a mais de dois mil anos, e desde lá a humanidade se arrasta em cima de tudo o que Jesus disse. A história mostra que em todos os tempos os cristãos têm enfrentado inúmeras perseguições,  e nos dias atuais já existem países onde a pessoa se arrisca a perder os direitos elementares de cidadania se declarar que é cristão.  Por outro lado, os fatos apontados nos versículos acima transcritos estão acontecendo em muitos lugares. Mas todos esses sofrimentos são considerados  comodores iniciais, se comparados ao que vai acontecer no tempo da grande tribulação(Mc. 13: 19).  

      Desde o início do cristianismo o diabo tenta impedir a verdade no coração das pessoas (At. 5: 40). Ele está por trás de todos os males, e tenta enganar as pessoas para escravizá-las (Lc. 8: 11-12; e Lc. 16: 22-23).
 

      Porém, a ação mais perseverante do inimigo de nossas almas se manifesta através do espírito do anticristo, que se levantou logo depois da ascensão de Jesus (I Jo. 2: 18). Ele cresce poderosamente na busca de seu objetivo (Mt. 24: 9) e tem levado centenas de pessoas a tomar atitudes extremas, aceitando até mesmo morrer por suas idéias, desde que possa provocar a morte dos que consideram como inimigos. Assim, o espírito anticristão tem ampliado espaço em várias partes do mundo, alimentando com  intransigência o propósito de dominar sobre os cristãos. E ele vai chegar lá, mas será por pouco tempo. Veja o texto: 

     Ele falará palavras contra o Altíssimo, e consumirá os santos do Altíssimo; cuidará em mudar os tempos e a lei, e os santos lhe serão entregues nas mãos até um tempo e tempos e metade dum tempo.”(Dn. 7: 25).

      É possível ter noções da posição que estamos na caminhada para os últimos dias.  Se considerarmos o tempo de acordo com os conceitos bíblicos, levando em conta que para Deus um dia é como mil anos (Sl. 90: 4; II Pd. 3: 8), podemos concluir que estamos no final da sexta-feira, de uma semana profética composta por sete  dias de mil anos cada. Uma análise apurada desse indicativo, mostra que estamos próximos do tempo da grande tribulação, cuja duração será de sete anos comuns. A volta de Jesus se dará no final desse tempo, e daí em diante tudo mudará.  

      Entretanto, essa mudança vai custar muito caro para aqueles que rejeitam Jesus como seu único e exclusivo Salvador, pois o Senhor julgará todas as nações com base em seus mandamentos (Jo. 12: 48). O tempo da grande tribulação terá o caráter de expiação de pecados (Dn. 9: 24). Por isso se cumprirá através de grandes sofrimentos. O novo tempo que vem após esse, será a última etapa na caminhada do homem, em sua viagem de  retorno a Deus, e terá uma duração de pouco mais de mil anos. Por isso o chamamos de milênio bíblico (Ap. 20: 1-2-3).

     O alvo final dos humanos é o retorno pleno à presença de Deus. Mas isto só é possível para os que se santificarem (Hb. 12: 14). Ao criar o ser humano, Deus o colocou em posição de domínio sobre todas as coisas da terra, com o privilégio de viver no meio das riquezas, e com a unção de querubim para proteger e  guardar tudo o que já existia (Ez. 28: 13-14-15). Essa posição inicial é o nosso alvo de retorno, tendo em vista que os planos de Deus não podem ser frustrados (Jó 42: 2). 

      O processo adotado para esse retorno é a restauração através do sacrifício, onde cada um deve suar o rosto para comer o pão (Gn. 3: 19). Isso significa que não há como conquistar posição sem passar por tribulações. Por esse motivo, existe um tom de sacrifício em todos os detalhes de nossa caminhada para Deus. Houve no passado, há no presente, e continuará havendo até chegarmos à presença do Criador, quando não haverá mais dores (Ap. 21: 3-4). Quem quiser vencer, tanto no tempo do princípio das dores, como na grande tribulação, terá de ter fé para confiar na providência divina (Jr. 17: 7-8).

      Após a grande tribulação, as pessoas estarão mais espiritualizadas, e mais preparadas para alcançar o alvo (Is. 11:9). Porém, o mundo ainda terá sofrimentos. A morte continuará existindo, mas sua atuação será muito mais rara (Is. 65: 20). 

      Passado o milênio, a humanidade chegará ao destino final. Mas antes, haverá a última guerra do planeta, que será arquitetada  por satanás ao sair da prisão. Ele tentará destruir as nações que, nessa época, estarão vivendo em paz, e sem armas (Ap. 20: 7-8; Ez. 38: 9-10).

      Essa guerra será a maior e mais covarde de todos os tempos. Mas Deus assumirá a batalha e dará a vitória ao povo fiel, pondo fim à existência do espírito satânico (Ap. 20: 9; Ez.39: 4-6).  Haverá então o último julgamento, e todas as coisas serão renovadas. Deus descerá o seu tabernáculo para viver com os homens. (Ap. 21: 2-3-4).    
          Atualmente, o esforço para se cumprir os propósitos de Deus inclui a dedicação e fidelidade de cada cristão, no sentido de propagar o evangelho, ou contribuir para que isso aconteça (Mc. 16: 15.). 

     A grande tribulação, e a volta de Jesus só acontecerão após ter sido anunciado o evangelho em todas as partes do mundo (Mt. 24: 14).     Portanto, o fim do tempo de sofrimentos e tormentas que aumentam cada vez mais no mundo atual, depende, em parte, daqueles que têm uma aliança com Jesus. Assim, a próxima fase do tempo do cristianismo  será a grande tribulação. Mas as gerações vindouras ainda terão de caminhar muito para chegar ao destino final.

       
      Que o Senhor possa falar melhor ao seu coração.