TEMPESTADE

MSG 538 = 12/4/2017

“Ora, levantou-se grande temporal de vento, e as ondas se arremessavam contra o barco, de modo que o mesmo já estava a encher-se de água. E Jesus estava na popa, dormindo sobre o travesseiro; eles o despertaram e lhe disseram: Mestre, não te importa que pereçamos? “ (Mc. 4: 37-38).

É muito abundante a linguagem figurada nos eventos acontecidos com Jesus aqui na terra. Tudo indica que Deus usou desse recurso propositalmente para que hoje venhamos entender a linguagem que ele usa para operar na vida daqueles que nele crer (Hb. 11: 6). A tempestade que assolou aquele barco aconteceu visivelmente aos olhos humanos, e foi tão forte que os discípulos temeram morrer ali. Semelhantemente muitos de nós hoje também passamos por idênticas condições, em forma de ameaças espirituais provocadas pelos seres malignos que habitam nas altas regiões celestes (Ef. 6: 12). Elas não são visíveis a olho nu, mas geralmente oprimem nossa alma, e põem em risco o barco de nossa vida. Por isso, não é rara a sensação de que vamos também afundar nas águas revoltas das tribulações da vida (Mc. 13: 13).

Olhando para as lições do passado, vemos no texto acima transcrito a forma exata pela qual devemos proceder. Ele mostra que os discípulos pediram socorro, e Jesus, acordando, repreendeu os ventos e esses imediatamente cessaram sua fúria (Mc. 4: 39). Esse é o tipo de atitude que devemos tomar quando as potestades espirituais do mal nos alcançam, através de roubo, destruição, morte ou outros males semelhantes (Jo. 10: 10). Para isso, é indispensável a inclusão de Jesus no barco de nossa vida, sem se importar com a opinião das pessoas. Quando temos Jesus como único e exclusivo salvador, podemos crer que ele nos livra de todo o tipo de potestades. Veja sua promessa. Eis o texto:

“Se permanecerdes em mim, e as minhas palavras permanecerem em vós, pedireis o que quiserdes, e vos será feito. Nisto é glorificado meu Pai, em que deis muito fruto; e assim vos tornareis meus discípulos. “ (Jo. 15: 7-8).

Deus é glorificado quando vencemos o mal, e nos tornamos verdadeiros discípulos de Seu Filho. Portanto, as tempestades espirituais que assolam nossa vida podem afundar ou não nosso barco, dependendo da fé que colocamos em Jesus Cristo, pois está escrito que aquele que crê vê a glória de Deus (Jo. 11: 40). Ser vencidos pelos ventos das potestades malignas ou nos tornarmos vencedores sobre elas, é uma questão de fé, prudência e coragem (Dt. 30: 14 e Rm. 10: 8). Se crermos em Jesus como nosso único e exclusivo salvador, e o seguirmos de perto, a derrota jamais nos alcançará (Sl. 91: 7). Foi o que aconteceu com os discípulos: Eles tinham Jesus no barco e foram atendidos quando pediram socorro. Veja o que diz o texto:

“E ele, despertando, repreendeu o vento e disse ao mar: Acalma-te, emudece! O vento se aquietou, e fez-se grande bonança. Então, lhes disse: Por que sois assim tímidos?! Como é que não tendes fé? (Mc. 4: 39-40).

Jesus mostrou para eles que o medo os estava impedindo a fé. Muitas vezes somos levados à derrota porque permitimos o domínio do medo (Mt. 14: 30). É comum impedirmos a ação divina porque limitamos o poder de Deus ao nosso. Portanto, devemos aprender que se vivermos na obediência aos mandamentos do Senhor, podemos ultrapassar os limites da capacidade humana, já que compartilhamos da dimensão do mundo espiritual, e passamos a fazer parte da justiça divina.

Os discípulos viram com grande admiração o fato de Jesus dar ordens ao mar e a tempestade cessar imediatamente (Mc. 4: 41). Eles não entenderam que isso era a ação do poder divino e não humano. Mas aquela demonstração ficou na história, e hoje aqueles que creem sabem que o Senhor é o mesmo, e lá dos altos celestes onde se encontra pode ordenar às tempestades espirituais do mal que afastem de nossa vida (Mt. 28: 18).

Amigo, a maior e mais valiosa riqueza que Deus nos concedeu não está aqui na terra, nem nos tesouros perecíveis (Mt. 6: 19). Ela está nos céus, e é gratuitamente concedida àqueles que creem em Jesus como seu único e exclusivo salvador (Mc. 16: 16). Quando tomamos isso como verdade os ventos do mal não podem nos derrubar (Mt. 16: 18).

Que o Senhor te abençoe e te guarde.