SOMOS JULGADOS

MSG 850 de 14/09/2021

O julgamento é a função essencial de um tribunal. Porém, para que ele seja realizado, não é necessário que haja obrigatoriamente tronos montados. Isso quer dizer que podemos ser julgados pela verificação de alguém, examinando nossa conduta mediante a lei que devemos cumprir. As Escrituras mostram que somos julgados individualmente quando morremos, para decidir se vamos ser levados aos céus, ou se vamos ficar perdidos na terra. Nessa oportunidade o Senhor Jesus aceita ou não as almas daqueles que estão deixando o mundo material para entrar em vida espiritual (Mt. 7: 22-23). Esse é um julgamento sem tribunal montado, onde Jesus, como sacerdote eterno, examina se nossa conduta observou ou não os mandamentos do reino de Deus, enviados à terra e anunciados por ele. Isso é feito com base no cumprimento da sua Palavra, que nos foi mandado ensinar no momento em que ele subiu para o Pai (Mt. 28:19-20). Veja o que ele disse. Eis o texto:

“Quem me rejeita e não recebe as minhas palavras tem quem o julgue; a própria palavra que tenho proferido, essa o julgará no último dia.” (Jo. 12: 48).

Essa é uma espécie de tribunal, onde o Pai como Juiz, e o Filho como Sacerdote eterno, executor de Sua Soberana vontade, aceitam ou rejeitam a alma em julgamento, segundo os frutos de suas ações (Jr. 17: 10). É o ponto onde a alma poderá chorar amargamente, por não ter dado ouvidos às recomendações de Jesus, ou por não ter se esforçado para cumprir com fidelidade seus mandamentos (Mt. 7: 26-27). Mas também pode ser o momento de grande alegria para a alma daquele que perseverou com fidelidade em cumprir a santa Palavra, e por isso passa da morte para a vida eterna sem condenação (Jo. 5: 24). A fidelidade, que às vezes custou muito caro para nós, mostra agora os frutos de nosso esforço, já que, a partir daí, nos é dada a coroa da vida (Ap. 2: 10). Veja o que Jesus recomendou. Eis o texto:

“Se o teu olho ... te faz tropeçar, arranca-o e lança-o de ti; pois te convém que se perca um dos teus membros, e não seja todo o teu corpo lançado no inferno.” (Mt. 5: 29).

Na verdade, Deus não lança a alma no inferno. Ele simplesmente não a permite subir aos céus, por não encontrar nela o esforço mínimo para entrar no reino. É o caráter da justiça divina, quando alguém coloca o coração nas coisas terrenas, em primeiro lugar, desprezando as bençãos dos céus. Sua alma não sai da terra, e fica perdida nos domínios satânicos até ser encontrada pelos anjos do diabo, e arrebatada para o reino de satanás. A partir daí ela vai aguardar o Juízo Final, quando terá a última oportunidade de julgamento, se seu pecado não foi blasfema (Mt. 12: 32 e I Jo. 5: 16). Considerando a grandiosidade da bondade de Deus, podemos esperar que muitas almas poderão alcançar a salvação no Juízo Final, visto que é da vontade do Senhor que todos sejam salvos (I Tm. 2: 4-5-6).

Amigo, somos aprendizes de Jesus, e por isso devemos nos esforçar para tomar ele como modelo em nossas atitudes (Mt. 11: 29). Ele já fez sua parte em nosso favor. Portanto, ganhar a vida eterna ou nos tornar escravos de satanás, é uma decisão individual de cada um.

Qua o Senhor a quem servimos possa falar melhor ao seu coração.

Natanael de Souza