Simplicidade da Palavra

MSG 398 DE 20/5/2014

“Mas temo que, assim como a serpente enganou Eva com a sua astúcia, assim também sejam de alguma sorte corrompidos os vossos sentidos e se apartem da simplicidade que há em Cristo. ” (2 Co. 11: 3).

São várias as formas pelas quais a Palavra de Deus tem sido adulterada. Muitos tentam fazer uma adaptação dela aos seus interesses pessoais, procurando convencer de que o evangelho de Jesus só pode ser entendido através da sabedoria humana, como se fosse uma profissão qualquer no mundo secular. O objetivo anunciado é sempre o de conduzir almas ao reino dos céus, mas com o decorrer do tempo ele é esquecido e as coisas mudam. A ganância de domínio e do alcance de posição honrosa entre os homens vão ofuscando o verdadeiro alvo da Palavra do Deus, e acaba por torná-la um conjunto de regras que mais beneficiam aos seus próprios anunciadores. Isso começou no início do cristianismo, continua existindo e vai impedir a salvação de milhares de cristãos. Tudo acontece porque a maioria das pessoas, mesmo tendo o talento para alcançar a verdade (Mt. 25: 25-26), deixam o medo dominar seus corações, e se tornam presas fáceis dos falsos profetas.

O versículo acima relata o questionamento do apóstolo Paulo aos cristãos da igreja de Coríntios. Paulo se sentiu criticado por sua maneira íntegra de ministrar o evangelho, e percebeu o cheiro da divergência reinante naquela igreja (2 Co. 10: 10-12). Isso o levou a lembrar de que o instinto da serpente continua enganando as pessoas chamadas ao caminho da salvação, e que depois de milhares de anos, o diabo continua usando a mesma astúcia que usou lá no Éden para corromper os sentidos das pessoas, levando-as a apartar da legítima vontade de Deus e entrar por caminhos que parecem certos, mas no final levam à morte (Pv. 14: 12 e 16: 25).

No tempo em que vivemos acontece maciçamente aquilo que o apóstolo dos gentios temia. A simplicidade da Palavra de Deus tem sido substituída pela sabedoria humana, e tem corrompido os sentidos de milhões de cristãos, através de interpretações utópicas, vindas de pessoas que se apresentam como mestres, mas na verdade são os enganadores contra quem Jesus nos advertiu antes de retornar aos céus. Veja o texto:

“… achava-se Jesus assentado, quando se aproximaram dele os discípulos, em particular, e lhe pediram: Dize-nos … que sinal haverá da tua vinda e da consumação do século. E ele lhes respondeu: Vede que ninguém vos engane. Porque virão muitos em meu nome, dizendo: Eu sou o Cristo, e enganarão a muitos.” (Mt. 24: 3-4-5).

Ocupa espaço a cada dia mais, um ensino meramente humano passado por pessoas sábias no mundo, mas sem a unção de Deus. Essas pessoas chegam ao absurdo de declarar que não podem entender o evangelho aqueles não são seus seguidores. Isso é um tipo de falsa profecia que cresce no mundo. Veja o que Jesus declarou quando recebeu de volta os homens simples, que, como primeiros discípulos, foram mandados a semear o evangelho. Eis o texto:

“Naquela hora exultou Jesus no Espírito Santo, e exclamou: Graças te dou a ti, Pai, … porque escondeste estas coisas aos sábios entendidos e as revelaste aos pequeninos! assim é, Pai, porque assim foi do teu agrado.” (Lc. 10: 21).

Parece-nos que o agrado do Senhor não muda (Ml. 3: 6). Portanto, quem não quer ser enganado deve observar o risco que corre aquele que aparta da simplicidade do evangelho, e tenta chegar a Deus através de sabedoria humana.

Amigo, a serpente que enganou Eva há milhares de anos, continua enganando ainda em nossos dias, até chegar o tempo de sua prisão (Ap. 20: 1-2). Portanto, se você não aceita ser enganado, ore ao Senhor e, independente do que tem ouvido dos homens, peça para que o Espírito Santo te mostre a verdade contida nas entrelinhas das Sagradas Escrituras(Jo. 16: 13).

Que o Senhor possa falar melhor ao seu coração.