Servo de Deus

    “Toda arma forjada contra ti não prosperará; toda língua que ousar contra ti em juízo, tu a condenarás; esta é a herança dos servos do SENHOR e o seu direito que de mim procede, diz o SENHOR.” (Is. 54: 17).

       Normalmente passamos por certos tipos de tribulação que vem das potestades malignas, preparadas especialmente para enganar e nos fazer perder a fé e convicção de que Deus é o centro de nossa vida, e jamais nos deixa ser derrotados na luta. Até mesmo Jesus passou por essa prova, minutos antes de consumar a grande obra da salvação (Mc. 15: 34). Essa é a razão pela qual devemos ter a espada da Palavra bem afiada em nosso coração para não esquecer que Deus jamais falhará em suas promessas. Porém, para fazer isso é necessário que tenhamos fidelidade nas mínimas coisas que sabemos ser da vontade do Senhor (Mt. 25: 21).

       O versículo acima reproduzido é uma promessa de Deus que não se aplica a todas as pessoas, mas àquela a que o Senhor considerar como serva por respeitar a vontade Dele. No tempo em que o povo hebreu foi tirado da escravidão na terra do Egito isso ficou provado. Deus mostrou por várias vezes a diferença entre aqueles que o pertenciam, deixando-os imunes das pragas mandadas sobre os egípcios, e não permitindo que as feitiçarias praticadas por Faraó tivessem o menor efeito sobre o povo escolhido para serví-Lo.

       Entretanto, é lamentável que muitas pessoas, mesmo sendo altamente beneficiadas pelo poder de Deus, não conseguiram reconhecer a Sua grandiosidade, e acabaram perdendo as maravilhas prometidas pelo Criador. Na libertação do cativeiro do Egito praticamente toda a geração originalmente liberta morreu no deserto por não perseverar em obedecer a Deus. Apenas Oséias (Josué) e Calebe alcançou a terra prometida porque creram no Deus dos impossíveis (Nm. 13: 27 a 31).

       Depois de se verem libertos das mãos do inimigo, eles tiveram de enfrentar várias dificuldades, e quase todos daquela geração desfaleceram, ficando enterrados no deserto. Na dimensão espiritual isso acontece com todos os cristãos de nossos dias. Jesus venceu o diabo, tirando dele o direito de nos escravizar, e abriu a porta da salvação para todo aquele que nele crê (Jo. 3: 16). Portanto, na ótica espiritual estamos caminhando no deserto, de forma idêntica aos hebreus. Mas é importante observar que Deus não muda (Ml. 3: 6). Isto quer dizer que corre o sério risco de não alcançar a salvação aquele que não perseverar na fé. Jesus nos advertiu disso. Veja o texto:

       “De todos sereis odiados por causa do meu nome. Contudo, não se perderá um só fio de cabelo da vossa cabeça. É na vossa perseverança que ganhareis a vossa alma.” (Lc. 21: 17-18-19).

     Em todos os tempos Deus manteve a promessa de derrubar todas as armas que se levanta contra nós, se formos Seus servos. Por isso, a responsabilidade é exclusivamente nossa quando perdemos a batalha. No passado, a Palavra do Senhor era transmitida pessoalmente, e ainda assim muitas batalhas consideradas impossíveis foram vencidas de forma gloriosa (Hb. 11: 30). Em nossos dias o grande desafio para vencer o inimigo já foi superado, e resta crermos que a Palavra de Deus se cumpre em qualquer situação (Gn. 3: 15b e Ap. 5: 4 a 6). Se fizermos nossa parte certamente Deus fará a Dele. Veja o que Ele disse a respeito daqueles que O servem:

      “E eles serão meus, diz o SENHOR dos Exércitos, naquele dia que farei, serão para mim particular tesouro; poupá-los-ei como um homem poupa a seu filho que o serve. Então, vereis outra vez a diferença entre o justo e o ímpio; entre o que serve a Deus e o que não o serve.” (Ml. 3: 17-18).

       Amigo, se você é servo de Deus, não tenha medo das setas do inimigo. Elas não prosperarão contra você. E se sua consciência te acusa diante dos mandamentos contidos no santo evangelho, busque o perdão porque Jesus é fiel e justo para perdoar (I Jo. 1: 9).

       Que o Senhor a quem servimos possa falar melhor ao seu coração.