Ser prudente (2)

  “Eis que vos envio como ovelhas ao meio de lobos; portanto, sede prudente como as serpentes e simples como as pombas.”(Mt. 10:16).

       Agir com prudência é uma das instruções que Jesus recomendou aos doze discípulos, quando os enviou para pregar o evangelho. Ele sabia que aqueles homens encontrariam reações adversas, pois até aquele tempo o reino espiritual da terra estava dirigido pelo espírito satânico (Veja Lc. 4:6), e por tanto, nenhum deles, por si só, tinha condições de vencer. Por isso, a sábia recomendação para que tivessem prudência.

       Prudência é a adoção de certos princípios em nossa maneira de pensar e agir, visando amenizar ou impedir que determinadas situações danosas nos atinjam. Em outras palavras, esses princípios foram definidos pelo apóstolo Paulo, conforme lemos no livro de Efésios 6: 11 a 18. Mas o Senhor Jesus ainda nos deu uma clara explicação do que acontece com o prudente, e com o imprudente. Veja o texto:

       “Todo aquele, pois, que ouve estas minhas palavras e as pratica será comparado a um homem prudente que edificou a sua casa sobre a rocha; e caiu a chuva, transbordaram os rios, sopraram os ventos e deram com ímpeto contra aquela casa, que não caiu, porque fora edificada sobre a rocha. E todo aquele que ouve estas minhas palavras e não as pratica será comparado a um homem insensato que edificou a sua casa sobre a areia; e caiu a chuva, transbordaram os rios, sopraram os ventos e deram com ímpeto contra aquela casa, e ela desabou, sendo grande a sua ruína.”(Mt. 7: 24 a 27).

       Esses textos mostram que quando praticamos o evangelho estamos sendo prudentes, e vamos evitar danos irreparáveis. Essa atitude, praticada como princípio de vida, traz a unção de Deus, nos protegendo contra as investidas do inimigo (Sl. 20:6), pois através dela passamos a ser considerados a morada do Espírito de Deus na terra (Veja Jo. 14: 23).

       A maioria de nossos sofrimentos tem origem na imprudência. Muitas vezes, antes de tomarmos atitudes erradas, o Espírito Santo alerta para os riscos que vamos correr, e nós desprezamos. Normalmente isso ocorre quando vem aquele pensamento de que não vai dar certo, ou aquele insistente impedimento de realizarmos o que estamos tentando.

       É válido atentar para o fato de que o sucesso do rei Davi, deveu-se, em grande parte, à sua atitude prudente. Ele consultava a Deus antes de partir para a ação (Veja I Cr. 14: 10; e 14: 14). Isso indica que o senso de prudência o levava a não se estribar no seu próprio entendimento, já que submetia previamente suas decisões a Deus (Veja Pv. 3: 5-6).

       
       Mais do que nunca, nos dias atuais, vivemos como ovelhas no meio dos lobos. O espírito satânico influencia milhões de pessoas, aumentando cada vez mais o número daqueles que não pensam duas vezes em destruir a família, em roubar bens que adquirimos com o árduo suor do rosto, ou em matar por causas fúteis. Essa ação satânica, que aumenta poderosamente, foi mostrada ao apóstolo João a quase dois mil anos atrás. Veja o texto:

       “E olhei, e eis um cavalo amarelo e o seu cavaleiro, sendo este chamado Morte; e o Inferno o estava seguindo, e foi-lhes dada autoridade sobre a quarta parte da terra para matar à espada, pela fome, com a mortandade e por meio das feras da terra.”(Ap. 6:8).

       Mas as Escrituras Sagradas nos indicam que todos os que ainda estão nesse mundo, tem oportunidade de vencer. Basta tão somente acatar as instruções do Senhor, pois a justiça divina preserva aquele que, com prudência, busca a unção de Deus. Ela não permite que o azeite e o vinho sejam danificados (Veja em Ap. 6: 6). Portanto, quando temos a unção do Espírito Santo, representando o azeite, e mantemos aliança com Jesus, cujo sacrifício de sangue representa o vinho, as influencias da morte e do inferno não podem causar danos sobre nós.

Que o Senhor fale melhor ao seu coração