Mensagem

SEM INTERMEDIÁRIOS

MSG 837/2021

       
       Mesmo no tempo da Lei e dos Profetas, Deus nunca aceitou intermediário humano entre Ele e nós. O profeta era usado para tomar conhecimento da vontade do Senhor, e transmitir ao povo, que deveria obedecer fielmente como foi recebido. Na medida em que obedecia, procedendo como o Senhor havia mandado, os grandes milagres aconteciam. A queda das muralhas de Jericó, foi um grande exemplo disso. O exército de Josué simplesmente obedeceu – sem questionar – rodeando a cidade conforme instruções do Senhor, e aconteceu o que era humanamente impossível (Js. 6: 20). É fácil então entender que, se naquela época Deus já não aceitava intermediário na comunhão entre nós e Ele, muito menos hoje isso pode ser aceitável. Veja o texto:

        “Assim diz o SENHOR: Maldito o homem que confia no homem, faz da carne mortal o seu braço e aparta o seu coração do SENHOR! Porque será como o arbusto solitário no deserto e não verá quando vier o bem ...;” (Jr. 17: 5-6).  

       Na medida em que surgem novas denominações evangélicas, esse texto tem sido cada vez menos observado. Isso acontece porque ele é uma pedra de tropeço para aqueles que vê no evangelho um meio de ganhar dinheiro, em vez de almas (Mc. 16: 15-16). Muitos tentam fraudar seu verdadeiro sentido, passando a ideia de que ele manda não confiarmos em ninguém. Mas seu sentido verdadeiro é para que confiemos diretamente no Senhor, sem aceitar intermediários, pois Deus não dá Sua glória a outrem (Is. 42: 8). Os efeitos da desobediência a esse texto não recaem sobre os responsáveis pelas denominações, mas sobre os “igrejados” que dedicam excesso de confiança em seus líderes. O resultado tem sido milhões de fiéis que não recebem bençãos, e ainda são amaldiçoados. A maioria não sabe que quando admitimos alguém na comunhão entre nós e Deus, tomamos o santo nome do Senhor em vão, e transgredimos o sétimo mandamento do Senhor (Ex. 20: 7).  

       Em nosso tempo, é muito comum aos cristãos desavisados, dedicar excessiva confiança a seus líderes, ao ponto de se sentirem constrangidos em pedir contas do destino dos recursos destinados à edificação da igreja de Jesus. Isso representa confiar mais no homem que em Deus, e quando há desvio de recursos na obra do Senhor, esses cristãos são tidos por Deus como cúmplices do pecado de suas lideranças (Ap. 18: 4). O impressionante é ver que o rei Davi, a centenas de anos antes de Jesus, já tinha consciência disso, e muitos de nós ainda não temos. Veja o texto:

      “Bem-aventurado o homem que põe no SENHOR a sua confiança e não pende para os arrogantes, nem para os afeiçoados à mentira.” (Sl. 40: 4).  

      Aceitar o homem na comunhão entre nós e Deus, é um dos motivos pelos quais vemos hoje muitos cristãos debilitados, vivendo miseravelmente, e muitos líderes com excessiva riqueza. Foi para evitar isso, que Jesus mandou avaliar a árvore pelos frutos (Mt. 7: 16 a 20). Quando não fazemos isso, temos grandes probabilidades de cair nas ciladas do diabo, e ser rejeitado pelo Senhor (Mt. 7: 21 a 23).

       Portanto, amigo, tema a Deus e desvie do mal (Pv. 3: 7). Pede ao Espírito Santo para te mostrar os frutos da denominação a que você pertence, e não hesite tomar atitude para procurar outra se for necessário.

       Que Deus nos conceda força e poder para vencer todas as coisas.
 
                                                            Natanael de Souza