“Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas: O vencedor de nenhum modo sofrerá o dano da segunda morte. ” (Ap. 2: 11).
As Escrituras declaram que o ser humano foi concebido em duas etapas distintas. Na primeira, Deus chamou à existência o espírito do homem e da mulher; e na segunda formou o corpo humano do pó da terra, soprando nele o espírito já existente (Gn. 1: 27 e 2: 7). Assim, o homem foi colocado para viver aqui depois de estar completo com espírito e corpo, sendo que o primeiro é o instrumento de comunhão com o Criador; e o segundo, o elemento natural para conviver com as coisas da terra, com duração predeterminada (Sl. 139: 16).
Na maioria das vezes preocupamos apenas com o bem estar do corpo, e não damos importância ao futuro do espírito, sem considerar que o caminho de Deus é perfeito (Sl. 18: 30). Entretanto, é bom lembrar que, se Deus operou em duas fases diferentes para nos colocar na terra, assim também Ele fará para decidir sobre nosso destino. É a partir daí que entra o significado da segunda morte. Ele representa a extinção do espírito de quem viveu em desobediência a Deus.
O versículo descrito acima se refere à advertência endereçada ao líder da Igreja de Esmirna, quando esse se achava em grande tribulação. Jesus o recomendou a manter fidelidade até a morte (Ap. 2: 9-10). Isso nos faz entender que morrerá não só do corpo, mas também do espírito o cristão que abre mão de sua fidelidade. Deus destruirá o homem desobediente, em sentido contrário ao ato da criação, ou seja, eliminando-o através de duas fases, como sendo: a da morte do corpo, e depois a da morte do espírito.
Normalmente quase ninguém se preocupa em saber o que nos levará à morte do espírito, pelo fato de que ela ainda está no futuro. Mas é importante conhecer alguns detalhes a esse respeito, pois é enquanto estamos aqui que Deus nos proporciona a oportunidade de definir se vamos ou não sofrer o dano fatal. Um exame nos relatos bíblicos mostra que a existência da raça humana não finda com a morte do corpo (Lc. 16: 19 a 23). Portanto, querendo ou não, todos os que aqui viveram, ou ainda vão viver, continuam existindo em vida espiritual, e indistintamente um dia terão de se apresentar ao Criador para prestar contas do que fizeram. Veja nas revelações do Apocalipse. Disse o apóstolo João:
“Vi também os mortos,... postos em pé diante do trono. Então, se abriram livros... Deu o mar os mortos que nele estavam. A morte e o além entregaram os mortos que neles havia. E foram julgados, um por um, segundo as suas obras. (Ap. 20: 12 e 13).
Não passamos ainda por esse julgamento. Mas, com certeza, ninguém escapará dele. Observe que ele será um julgamento de mortos, deixando claro que, independente da maneira de crer ou vontade de cada um, Deus fará subir o espírito de todos os que passaram pela vida aqui. Assim, todas as pessoas que morreram sem salvação não têm ainda uma definição de sua existência. Em vida espiritual elas estão em algum lugar aguardando o grande dia da chamada de Deus (Hb. 9: 27).
Portanto amigo atenta para o que o Espírito disse às igrejas a dois mil anos atrás, e busque a vitória, mantendo fidelidade aos mandamentos de Jesus em quaisquer circunstâncias. Não se engane: a maior vitória que podemos alcançar, acima de todas as coisas terrenas, está na vida eterna. O inimigo de nossas almas sabe disso, e vai chegar o dia em que homens a seu serviço irão fazer de tudo para que os cristãos fiéis neguem a fé em Jesus, e acabem sofrendo o dano da segunda morte. Veja o alerta do Senhor:
“Nesse tempo, muitos hão de se escandalizar, trair e odiar uns aos outros; levantar-se-ão muitos falsos profetas e enganarão a muitos. Aquele, porém, que perseverar até o fim, esse será salvo.” (Mt. 24: 10-11-13).
Essas Palavras foram ditas por Jesus a mais de dois mil anos, e nós já estamos vivendo nesse tempo. Isso indica que a Palavra de Deus não volta vazia, e tudo se cumprirá como está previsto (Is. 55: 11).
Que o Espírito de Deus possa falar melhor ao seu coração.