A salvação

MSG 496 = 07/06/2016

“Assim diz o SENHOR: No tempo favorável, te ouvi e, no dia da salvação, te ajudei, e te guardarei, e te darei por concerto do povo, para restaurares a terra e lhe dares em herança as herdades assoladas; ” (Is. 49: 8).

Deus tem um propósito na vida das pessoas, e diante disso concede diferentes dons a cada um (I Co. 12: 7). Nada recebemos pelos nossos méritos, mas pela infinita graça do Senhor que deseja nos reconciliar, ou seja, restabelecer nossa comunhão com Ele, perdida no princípio da criação (Gn. 3: 22-23). Portanto, nunca devemos deixar que a graça de Deus fique infrutífera em nossa vida. Jesus nos advertiu disso, declarando que todo aquele que estiver nele e não der frutos será cortado (Jo. 15: 2). A conversão de alguém é fruto de súplicas e orações que chegam a Deus, e Ele, por sua infinita misericórdia, atenta e nos chama (Ml. 3: 16). Isso significa que quando alguém se converte é porque Deus ouviu suas súplicas – ou de alguém em seu favor - atendeu e o incluiu em Suas promessas.

O versículo acima relata a Palavra do Senhor lembrando que um dia aconteceu isso com cada um de nós. Deus nos ouviu e concedeu que entrássemos para o caminho da salvação. É o cumprimento de Sua Palavra em relação a todos os seres humanos (At. 2: 21). Esse caminho é semelhante a uma escada que devemos subir, e onde os degraus representam os confrontos a serem vencidos (Gn. 28: 10 a 14). Por isso, muitas vezes somos desafiados por adversidades que temos de superar e seguir em frente, mesmo porque se um dia Deus nos aceitou, compete a nós guardar o conserto estabelecido com Ele até o fim. Nesse ponto entra a necessidade de perseverança, uma das principais atitudes que nos conduz à vitória (Lc. 21: 17-18-19). A conquista da salvação é um caminho sem volta, onde jamais devemos desistir, mesmo que tudo nos pareça contrário, pois ninguém pode impedir aquilo que o Senhor planejou para nós. Veja o que disse o profeta. Eis o texto:

“... ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; o produto da oliveira minta, e os campos não produzam mantimento; as ovelhas da malhada sejam arrebatadas, e nos currais não haja vacas, todavia, eu me alegrarei no SENHOR, exultarei no Deus da minha salvação. ” (Hc. 3: 17-18).

A Palavra de Deus não volta vazia. Ela alcança o alvo para o qual foi mandada (Is. 55: 11). Mas também nós para alcançarmos as promessas, temos que viver pela fé, ou seja, crendo no que Ele prometeu. Quando não fazemos isso, corremos o risco de ficar perdidos no deserto da vida (Hb. 3: 7 a 11). Jesus ensinou que a maior riqueza a ser conquistada não está na terra; mas no reino dos céus (Mt. 6: 19-20-21). Isso mostra que é um engano acumular dinheiro e fama aqui na terra, sem priorizar a conquista da salvação. Nosso tempo é muito curto aqui em relação ao que vamos passar em vida espiritual. Por isso, é muito importante ficar atento para não ser enganado por aqueles que mentem a respeito do evangelho. Está escrito que é a unção do Espirito Santo quem, na verdade, nos ensina (I Jo. 2: 27). O Senhor teve uma grande preocupação em nos alertar sobre isso. Veja o que disse quando foi indagado sobre o fim dos tempos, e com relação à sua volta. Eis o texto:

“No monte das Oliveiras, achava-se Jesus assentado, quando se aproximaram dele os discípulos, em particular, e lhe pediram: Dize-nos quando sucederão estas coisas e que sinal haverá da tua vinda e da consumação do século. E ele lhes respondeu: Vede que ninguém vos engane. Porque virão muitos em meu nome, dizendo: Eu sou o Cristo, e enganarão a muitos. ” (Mt. 24: 3-4-5).

Quem examina as Escrituras pode observar que antes de descrever todas as previsões do que viria a acontecer, o Senhor se preocupou em alertar contra os enganadores que hoje estão espalhados por todos os cantos da terra, distorcendo a verdade sobre os planos de Deus para com nós. Essa é a razão pela qual devemos pedir ao Espírito Santo para nos orientar, e conferir o que ouvimos com o que consta da Bíblia Sagrada, mesmo porque está escrito que todos serão ensinados por Deus (Is. 54: 13). Portanto, devemos respeitar a autoridade de nossas lideranças, mas, sem intensão de crítica, conferir diretamente nas Escrituras o que elas nos ensinam.

Amigo, alcançar a salvação é uma conquista individual, que está diretamente ligada ao esforço que fazemos para entrar no reino de Deus (Mt. 11: 12). Jesus fez a parte dele, consumando a sentença estabelecida por Deus, que nenhum homem pode cumprir (Gn. 3: 15b). Mas aquele que quiser ser salvo tem de fazer a sua parte. Veja o texto:

“Entrai pela porta estreita, porque larga é a porta, e espaçoso, o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela; E porque estreita é a porta, e apertado, o caminho que leva à vida, e poucos há que a encontrem. ” (Mt. 7: 13-14).

Que o Senhor possa falar melhor ao seu coração.