“Chamando a si a multidão com seus discípulos, disse-lhes: Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me. Pois quem quiser salvar a sua vida, perdê-la-á; e quem perder a sua vida por amor de mim e do Evangelho, salvá-la-á.” (Mc. 8: 34-35).
Tudo que existe nos céus e na terra foi trazido à existência pelo poder da Palavra de Deus (Hb. 11: 3). Mas somente o homem foi criado à imagem e semelhança Dele. Portanto, temos em nós a herança do Criador, e a essência principal dessa herança é o direito de viver eternamente, depois que passamos da vida carnal para a espiritual. Essa herança é a parte mais preciosa de nossa existência, mas o direito a ela fica prejudicado quando nos separamos da comunhão com Deus pela desobediência ao que diz respeito à Sua Palavra (Is. 59: 1-2). Jesus nos ensinou a maneira pela qual devemos viver aqui, se quisermos retornar a Deus na época oportuna. Ele mostrou que o rumo que vamos tomar após a morte, depende de nossa opção. Se optarmos pela fidelidade e prática de seus ensinos, podemos alcançar a salvação, e viver eternamente junto ao nosso Criador. Mas se, ao contrário, não o reconhecermos, vamos morrer duas vezes, ou seja, passaremos pela morte do corpo, e daqui a alguns milhares de anos pela segunda morte, que é a morte do espírito (Ap. 20: 15).
Os versículos que reproduzimos acima relatam a advertência de Jesus para quem quer alcançar a salvação. Ele mostra que, para segui-lo, muitas vezes temos que dizer não aos nossos próprios desejos, e cumprir os desejos do Senhor. Esse esforço representa a cruz que devemos carregar, e aquele que não o fizer não alcançará o reino dos céus (Mt. 11: 12). Muitas vezes, esforçar para viver o evangelho representa a perca de algo aparentemente bom na vida atual, mas que, na verdade, vai ferir o plano de Deus para o futuro de nosso espírito. Isso faz parte dos enganos que o mundo coloca diante de nós, e é obra do inimigo de nossas almas para nos escravizar espiritualmente. Jesus deu uma demonstração a esse respeito, através de uma parábola discorrendo sobre a morte de um homem que, por ser rico, julgou não precisar obedecer a Deus, e de um mendigo oprimido pela vida que usou de fidelidade para com os preceitos do Senhor. Eis o texto:
“Ora, havia certo homem rico que… se regalava esplendidamente. Havia também certo mendigo, … que jazia à porta daquele; Aconteceu morrer o mendigo e ser levado pelos anjos para o seio de Abraão; morreu também o rico e foi sepultado.” (Lc. 16: 19-20-22).
Como se vê nesse texto, a diferença entre quem supervalorizou a vida terrena e quem viveu em busca do reino eterno, apareceu logo após a morte. O desobediente foi apenas sepultado. A riqueza ajuntada aqui, de nada valeu; mas o obediente foi recolhido aos céus pelos anjos de Deus. Então a morte não foi um horror para esse, pois ele passou não só a viver muito melhor, como também alcançou a salvação. Observe que o desobediente não saiu da terra, e passou a viver em tormentos. Eis o texto:
“No inferno, estando em tormentos, levantou os olhos e viu ao longe a Abraão e Lázaro no seu seio.” (Lc. 16: 23).
Amigo, não se deixe enganar pelas aparências desse mundo. Busque a vida eterna, pois ela é a parte melhor daquilo que Deus te deu. Esforce-se, e deixe para trás as ofertas enganosas, pois nada se compara ao prêmio que Deus nos oferece quando passamos a viver de acordo com a Sua Palavra.