“Tornou Moisés ao SENHOR e disse:.. Ora, o povo cometeu grande pecado, fazendo para si deuses de ouro. Agora, pois, perdoa-lhe o pecado; ou, se não, risca-me, peço-te, do livro que escreveste. Então, disse o SENHOR a Moisés: Riscarei do meu livro todo aquele que pecar contra mim.” (Ex. 31-32: 32-33).
A caminho da terra prometida, Moisés deixou o povo acampado e subiu ao monte para falar com Deus. Como demorou muitos dias, o povo se revoltou e fez um bezerro de ouro para adorá-lo (Ex. 32: 4). Diante dos mandamentos do Senhor, isso representava um grande erro. Ao descer do monte, Moisés ficou indignado com a atitude daquele povo, porque sabia que Deus castigaria a congregação. Por isso, resolveu interceder junto ao Senhor a fim de evitar que um grande castigo viesse e destruísse a todos.
Os versículos transcritos acima relatam o diálogo entre Deus e Moisés. De forma grosseira, e pressionando para obter o perdão em benefício do povo, Moisés disse ao Senhor que queria ser riscado do Seu livro, caso o perdão fosse negado. Suas palavras deixaram clara a consciência de que Deus tem um memorial para os que são chamados, e que existem situações mediante as quais podemos ser riscados desse memorial. Deus, entretanto, mostrou as circunstancias em que isso pode acontecer, declarando que risca do Seu livro aquele que pecar contra Ele. Esse texto faz uma referencia direta ao que chamamos de livro da vida, e por isso é interessante examinar a maneira pela qual Deus risca o pecador de Seu livro.
As Escrituras preveem que o Senhor pedirá contas de tudo aquilo que Jesus nos mandou fazer. Veja o que disse Moisés. Eis o texto:
“Então, o SENHOR me disse: … Suscitar-lhes-ei um profeta do meio de seus irmãos, … em cuja boca porei as minhas palavras, e ele lhes falará tudo o que eu lhe ordenar. De todo aquele que não ouvir as minhas palavras, que ele falar em meu nome, disso lhe pedirei contas.” (Dt. 18: 17-18-19).
Essa promessa diz respeito à vinda de Jesus (At. 3: 22), e foi cumprida mais ou menos a mil quatrocentos e cinquenta anos depois. Jesus veio, e através do evangelho nos ensinou tudo o que devemos fazer para sermos encontrados no livro da vida no dia do Juízo final. Ele revelou alguns detalhes importantes que devemos observar na prática de sua Palavra, entre os quais está a permanência como discípulos de seus ensinos para ser libertos do pecado (Jo. 8: 31-32). Portanto, aquele que conhece a verdade e volta a pecar, corre o sério risco de ser tirado do livro de Deus e perder a salvação (Hb. 6: 4-5-6). Jesus manda ser fiel até a morte para receber a coroa da vida (Ap. 2: 10).
A graça de Deus tem um profundo sentido em nossa vida; mas ela não revoga a Palavra do Senhor (Mt. 5: 17-18). Por isso, por mais que queiramos interpretar em nosso favor, Deus não vai mudar o que disse para Moisés. Importa-nos então examinar a maneira pela qual serão riscados do livro da vida aqueles que pecarem contra o Senhor. As Escrituras relatam o que vai acontecer no dia do Juízo final. Eis o que foi mostrado ao apóstolo João:
“Vi um grande trono branco e aquele que nele se assenta, de cuja presença fugiram a terra e o céu, … Vi também os mortos, … postos em pé diante do trono. Então, se abriram livros. Ainda outro livro, o Livro da Vida, foi aberto. E os mortos foram julgados, segundo as suas obras, conforme o que se achava escrito nos livros.” (Ap. 20: 11-12).
É óbvio que esse será o acerto de contas prometido por Deus, e que nesse julgamento serão riscados os nomes daqueles que, mesmo sabendo da verdade, desobedeceram a Jesus.
Amigo, muito cuidado. Nós só alcançamos a coroa da vida se permanecermos nos ensinos de Jesus, com fidelidade até a morte. Deus tem compromisso com a Palavra Dele e tem a memória de tudo o que fazemos. Portanto, cada um deve empenhar para que, no dia do julgamento, seja achado inscrito no livro da vida, e não venha a sofrer o dano da segunda morte. Veja o texto:
“E, se alguém não foi achado inscrito no Livro da Vida, esse foi lançado para dentro do lago de fogo.” (Ap. 20: 15).