Riqueza Ilícita

   “Como a perdiz que choca ovos que não pôs, assim é aquele que ajunta riquezas, mas não retamente; no meio de seus dias, as deixará e no seu fim será insensato.” (Jr. 17: 11). 

       No coração de quase todos os seres humanos existe um forte desejo de riqueza e glória, gerando a tendência de uma busca desenfreada por posições de destaque na sociedade.  A falta de domínio desse sentimento é um ponto fraco em muitas pessoas e pode até ocasionar a perca da salvação (Mt. 13: 22 e Mc. 10: 25). Sabedor disso, o diabo procura fazer ofertas tentadoras, como fez com Jesus a mais de dois mil anos atrás (Lc. 4: 6). Por isso, quem não quiser ser enganado, deve manter um compromisso de integridade e retidão para com o Senhor, passando suas decisões pelo crivo da santa Palavra, a fim de não cair nas astutas ciladas do inimigo, aceitando propostas que abominam a presença da unção de Deus em sua vida (Tg. 4: 13-14-15).
       
      No versículo que reproduzimos acima Deus adverte, do que acontece com aqueles que enriquecem desonestamente. As escrituras mostram que é o Senhor quem determina quanto tempo vai durar nossa vida aqui. Veja o texto:

       “Os teus olhos me viram a substância ainda informe, e no teu livro foram escritos todos os meus dias, cada um deles escrito e determinado, quando nem um deles havia ainda.” (Sl. 139: 16). 

       Esse texto deixa claro que o tempo de vida de cada pessoa está inteiramente no controle de Deus, e dependendo de Sua vontade podemos viver mais tempo ou menos tempo (2 Re. 20: 1 a 6). Portanto, é extremamente necessário prestar atenção na advertência do Senhor, quando Ele diz que riqueza ilícita está entre as abominações que podem encurtar nossa vida, e nos levar a um fim trágico.

       As Escrituras mostram que os homens mais bem sucedidos foram os que levavam a sério a justiça divina em todas as suas atitudes. Um exemplo disso foi Daniel. Na Babilônia, entre os cativos de Judá, teve o privilégio de ser escolhido para sair do meio dos escravos e participar da mesa do rei. Mas sentindo que podia afetar sua integridade para com o Senhor, por ser obrigado a comer coisas condenadas na época pela lei de Moisés, buscou acordo para se alimentar apenas com legumes e teve grande êxito diante de seus superiores (Dn. 1: 3 a 15).

       Daniel poderia simplesmente ter considerado o convite do rei como uma benção, mesmo porque sua aceitação era obrigatória. Mas ainda estando na condição de escravo, sua integridade perante Deus falou mais alto, e o sucesso foi absoluto. Deus o colocou em alta posição de destaque na sociedade babilônica da época. Veja o que aconteceu mais tarde. Eis o texto:

      “Então, o rei engrandeceu a Daniel, e lhe deu muitos e grandes presentes, e o pôs por governador de toda a província da Babilônia, como também o fez chefe supremo de todos os sábios da Babilônia.” (Dn. 2: 48).

       Nos dias em que vivemos, as notícias mais comuns se referem a pessoas que enriqueceram ilicitamente. Mas é possível observar que invariavelmente o fim delas é muito triste, mesmo porque satanás as espera do outro lado da vida. Pode-se afirmar com segurança que a riqueza ilícita não compensa. Muitos não chegam a usufruir o que roubaram, e morrendo, deixam uma herança maldita para seus descendentes, já que Deus cobra a iniquidade dos pais aos filhos até a terceira e quarta geração daqueles que O aborrecem (Ex. 20: 5).

       Amigo, está escrito que de Deus não se zomba (Gl. 6: 7). Portanto, nunca aceite ser rico na terra e pobre para com Deus. Lembra que os tesouros do céu são mais valiosos, e o caminho para conquista-los está em obedecer aos mandamentos do Senhor.   

       Que o Senhor te abençoe e te guarde.