“Sujeitai-vos, portanto, a Deus; mas resisti ao diabo, e ele fugirá de vós. Chegai-vos a Deus, e ele se chegará a vós outros. ” (Tg. 4: 7-8).
As Escrituras mostram que no princípio da criação o mal existia em estado inativo (Is. 45: 7). Entretanto, Deus o ativou, quando os seres humanos expressaram o desejo de conhecê-lo (Gn. 3: 6).Mas, para essa ativação acontecer, o Senhor determinou a existência de um agente em forma espiritual, a que damos o nome de agente maligno, isto é diabo ou satanás (Gn. 3: 15b e Ap. 20: 1-2). Portanto, esse agente é o responsável por todo o tipo de mal que assola a humanidade, e no futuro, isso vai ficar provado quando Jesus o afastar dos ares da terra por mil anos (Is. 11: 9 e Hc. 2: 14).
Os versículos que transcrevemos relatam a advertência do apóstolo Tiago, instruindo como devemos nos posicionar com respeito às influências do agente do mal. O texto diz que ele foge de nós todas as vezes que nossa posição for de resistência. Portanto, essa posição deve ser praticada como um princípio em vida, e por isso precisamos atentar para as características através das quais as influências malignas chegam a nós. Em muitas ocasiões elas se disfarçam para nos atrair, às vezes até mesmo em forma de falsas bênçãos, já que o espírito satânico é descende da serpente, o animal mais astuto que Deus criou na face da terra (Gn. 3: 1).
Assim, nossa posição de resistência não deve se restringir apenas a um sinal visível do inimigo, mas sobre tudo o que, de alguma forma, possa agradá-lo. No momento em que aceitamos algo agradável aos seus instintos, passamos indiretamente a concordar com ele, e permitir sua entrada em nosso sentimento, gerando vários tipos de infortúnios. Essa é a razão pela qual Jesus nos recomendou para vigiar e orar. Veja o texto:
“Vigiai e orai, para que não entreis em tentação...” (Mc. 14: 38).
Dessa forma, a postura recomendável para quem não quer se envolver em falsos acordos com o diabo, é aquela que Jesus mostrou quando foi tentado no deserto. Ele rejeitou todas as propostas ou acordo originário de satanás, ainda que eles parecessem coisa insignificante (Mt. 4: 1 a 10).
Em nosso tempo, é muito comum sermos atraídos por inúmeras propostas aparentemente inofensivas que o mundo oferece, mas que, na raiz de sua origem traz embutido um acordo de interesse satânico. O diabo sabe que quando aceitamos esses tipos de propostas, entramos em acordo com ele sem perceber. Frequentemente muitas pessoas que se julgam fiéis a Deus, oram buscando as promessas do Senhor e não as recebem. O motivo é óbvio: elas se deixaram levar pela prática de atitudes banais, e aparentemente inofensivas, mas que contrariam a prática do evangelho. Isso quer dizer que de alguma forma, elas não resistiram à tentação e acabaram concordando com o inimigo. Um exemplo disso é o costume de mentir. A mentira é um ingrediente precioso do diabo, e está presente na vida de muitas pessoas que se dizem temer a Deus. Inúmeras pessoas a usam como algo normal, até mesmo para um aparente sucesso em negócios. Mas perante a Palavra do Senhor ela é a arma mais corriqueira usada contra os seres humanos desde o princípio da criação. Está escrito que Deus a abomina, e quem adota sua prática não entra no reino dos céus. Veja o texto:
“Bem-aventurados aqueles que lavam as suas vestiduras no sangue do Cordeiro, para que tenham direito à árvore da vida e possam entrar na cidade pelas portas. Ficarão de fora os cães e os feiticeiros, e os que se prostituem, e os homicidas, e os idólatras, e qualquer que ama e comete a mentira.” (Ap. 22: 14-15).
Amigo, resistir ao diabo significa discordar de tudo que agrada a ele (Lc. 4: 3 a 12). Portanto, no dia a dia de nossa vida é importante examinar se as coisas que aceitamos como certas estão de acordo com as Escrituras Sagradas. Jesus, mesmo sendo o Filho de Deus, adotou essa postura para nos ensinar como devemos proceder.