Mensagem

RECONCILIAÇÃO

MSG 981 de 29/04/2024

    
No mundo violento em que vivemos, a sede de vingança domina o coração da maior parte das pessoas. Isso acontece porque a maioria conhece a Deus apenas por ouvir falar, mas poucos buscam a verdade a respeito do Senhor. Em geral o coração daquele que não o conhece, segundo o que revelam as Escrituras, está muito mais propenso a acumular desejo de vingança, mágoas, inveja e uma série de sentimentos que acabam levando à doença, perturbações de toda ordem, e até à morte, pois foi com esse objetivo que satanás lançou sobre ele a semente da discórdia, e ela tomou vulto porque não foi  extirpada antes (Rm. 6: 23).  Essa foi a razão pela qual Jesus nos ensinou a perdoar, e limpar do nosso coração esses venenos que vão nos atormentar depois da morte. Evidentemente, é muito difícil negar a nós mesmos, e perdoar de coração, pois ainda vivemos na herança mental do passado, e temos dificuldades de contradizer nossos sentidos arrogantes. Mas o perdão é um remédio amargo, extremamente necessário para libertar nossa alma das sementes plantadas pelo inimigo. A conciliação passa por esse caminho; ou seja, é amarga agora, mas gera vitória na vida espiritual. Veja o que Jesus ensinou a fazer, quando temos mágoas de alguém. Eis o texto

      “Concilia-te depressa com o teu adversário, enquanto estás no caminho com ele, para que não aconteça que o adversário te entregue ao juiz, e o juiz te entregue ao oficial, e te encerrem na prisão. Em verdade te digo que de maneira nenhuma sairás dali enquanto não pagares o último ceitil.” (Mt. 5: 25-26).   

       O Senhor mostra que enquanto estamos vivos aqui, temos a oportunidade de limpar nosso coração. Isto porque, se um dos dois morrerem com a mancha no coração, vai passar pelo julgamento de Deus, e o Senhor vai estabelecer a sentença (Jo. 12: 48). Nesse caso complica muito mais, pois o culpado vai ser cobrado pelos verdugos espirituais, que não abandonam a cobrança, mesmo porque, como executores, eles estão cumprindo uma ordem. Eles são potestades malignas, que têm a cobrança de pecados como uma obrigação, e servem a satanás que nos acusa noite e dia (Ap. 12: 10). A prisão que eles impõem, é o domínio espiritual que pode afetar não só condenado, como seus entes queridos ainda em vida aqui na terra (Ex. 20: 5). Esta é a razão pela qual muitas vezes oramos insistentemente pedindo a libertação de determinado sofrimento, e Deus não responde. Não é que o encosto espiritual tenha forças; mas ele não obedece porque está executando um juízo autorizado por Deus. Veja a advertência de Jesus. Eis o texto:

      “Ouvistes que foi dito aos antigos: Não matarás; mas qualquer que matar será réu de juízo. Eu, porém, vos digo que qualquer que, sem motivo, se encolerizar contra seu irmão, será réu de juízo;...” (Mt. 5: 21-22).

       Esses textos descrevem algumas das situações que somos obrigados a superar, para alcançar a salvação, e ser levados pelo Senhor ao Paraíso. É o batismo com fogo pelo qual temos de passar, na aliança de salvação com o Senhor (Lc. 3: 16); entretanto, é muito melhor abrir mão de nosso ego agora, que mantê-lo e depois da morte ter de passar algumas centenas de anos nos domínios de satanás. Foi por isso que ao nos convidar para a salvação, Jesus declarou que o jugo dele é leve e suave (Mt. 11: 29).

       Que o Senhor a quem servimos possa falar melhor ao seu coração.

                                                   Natanael de Souza