Mensagem

RECONCILIAÇÃO

MSG 668 = 29/10/2019

     O mau relacionamento entre os cristãos não é suportável aos olhos do Senhor. O  orgulho, normalmente, nos impede dede avaliar os danos espirituais provocados pelo ressentimento, ou mágoa guardados no coração, e por isso não procurarmos reconciliar com quem nos afrontou.  Precisamos entender que Deus criou o ser humano com um espírito puro, e não o aceita contaminado (Mt. 15: 17 a 20).  Por isso, Jesus advertiu que vai a julgamento todo aquele que não mantiver a pureza original em seu coração, ou que venha a provocar a contaminação do outro. Deus nos vê pelo coração (I Sm. 16: 7), e quando acha culpa em nós, a cobrança é infalível, e ninguém pode evitar (Mt. 5: 22). Portanto, não pode ter sujeiras no relacionamento entre aqueles que se consideram espiritualmente filhos do mesmo Pai. O cristão de coração endurecido, que recusa a reconciliar ou perdoar seu irmão, certamente vai passar por grandes dificuldades aparentemente sem solução. Vai pedir sem ter respostas, porque desconhece ou ignora à vontade do Senhor. Veja o que disse Jesus. Eis o texto:

      “Concilia-te depressa com o teu adversário, ... para que não aconteça que o adversário te entregue ao juiz, e o juiz te entregue ao oficial, e te encerrem na prisão. Em verdade te digo que, de maneira nenhuma, sairás dali, enquanto não pagares o último ceitil.” (Mt. 5: 25-26).    

       Nosso Juiz é Deus, que julga mediante o evangelho (I Pe. 2: 23). Mas o executor da sentença é o nosso inimigo no mundo espiritual (Gn. 3: 15). Quando entregamos a vida a Jesus, o inimigo só pode entrar se houver permissão (I Jo. 5: 18 e Lc. 22: 31). Mas a contenda entre os seguidores de Cristo é considerada transgressão aos seus mandamentos, e nesse caso somos julgados (Mt. 5: 22). Ficamos presos pelo pecado, se não buscarmos reconciliação, e as potestades malignas passam a ter acesso em nossa vida. Portanto, devemos adotar princípios de convivência que evitem a entrada delas (Ef. 6: 11 a 18).   

       Essas potestades divergem dos demônios que vivem na face da terra. Elas são espíritos que, apesar de serem maus, têm origem nobre, ou seja, vieram de pessoas altamente evoluídas em sabedoria humana, que morreram sem salvação. Vivem num plano espiritual mais alto, agem por influência mental, e são difíceis de serem percebidas.  Alocadas no segundo céu, são dominadas por satanás. Essa é a razão de alguns cristãos passarem por certos problemas que não são removidos, mesmo diante de muitos propósitos, orações e súplicas. Veja o que disse o apóstolo João. Eis o texto:

      “Se alguém vir seu irmão cometer pecado que não é para morte, orará, e Deus dará a vida àqueles que não pecarem para morte. Há pecado para morte, e por esse não digo que ore.” (I Jo. 5: 16).

        O apóstolo Paulo lutou com esse tipo de sofrimento, e o chamou de espinho na carne. Ele relata que orou três vezes, mas o Senhor não o libertou, e disse que Sua graça o bastaria (2 Co. 12: 7-8-9). Mas a Bíblia mostra que Paulo foi salvo pela reta justiça de Deus, mesmo porque ele não desistiu da fé (2 Tm. 4: 8).

       Portanto, amigo, não seja sábio aos teus próprios olhos (Pv. 3: 5-6). Reconcilia-te com quem te feriu, pois nossa maior honra é não permitir que o inimigo tenha vitória.

       Que o Senhor a quem servimos possa falar melhor ao seu coração.
 
                                                              Natanael de Souza