Privilégios de um servo

MSG 500 = 6/7/2016

“... sobe este monte Abarim e vê a terra que tenho dado aos filhos de Israel. E, havendo-a visto, então, serás recolhido ao teu povo, assim como foi recolhido teu irmão Arão; ” (Nu. 27: 12-13).

Deus estruturou nossa vida na terra através da formação de famílias, normalmente constituídas por indivíduos com ancestrais em comum, ou ligados por laços afetivos. Por isso, dando início ao plano de nosso resgate, Ele prometeu abençoar, por meio de Abraão, todas as famílias da terra (Gn. 12: 3). Existem muitas pessoas que, mesmo crendo na continuidade de sua existência após a morte, têm dúvidas se vamos encontrar nossos entes queridos quando partirmos daqui. Queremos chamar a atenção delas para o fato de que os planos do Senhor não estão restritos apenas ao período de nossa vida na terra. Eles abrangem a eternidade para aqueles que alcançam a salvação, e por isso, nossas obras seguem com nós quando encerramos o tempo aqui (Ap. 14: 13).

Os versículos acima reproduzem as Palavras que Deus disse para Moisés, quando esse chegou ao fim de sua jornada terrena. Nela observamos que antes de dar o último suspiro como servo do Senhor, Moisés já sabia de seu destino, e como iria continuar em vida espiritual. O mesmo Deus que havia cumprido com fidelidade todas as promessas, ao longo dos cento e vinte anos de seu servo, prometia agora que ele iria se ajuntar aos seus familiares, conforme também o foi seu irmão Arão. A simples observação desse detalhe, mostrado na Palavra do Senhor, pode trazer a esperança no coração de muitas pessoas que perderam seus entes queridos na terra e acham que jamais o verão. Entretanto, o alcance desse privilégio na vida eterna depende de nossa fidelidade aos mandamentos do Senhor.

Quando Deus chama alguém ao caminho da salvação, Seu plano é para todos os membros da família à qual pertence. Veja o que disse o apóstolo Paulo ao carcereiro que o perguntou o que deveria fazer para se salvar. Eis o texto:

“Responderam eles: Crê no Senhor Jesus e serás salvo, tu e a tua casa. ” (At. 16: 31).

Esse e outros textos do livro Sagrado indicam que o plano de Deus é salvar toda a família e não apenas aquele membro que está sendo chamado. Isso deixa claro que a vontade do Senhor é encontro de todos no reino da glória. Por isso, devemos orar continuamente pelos familiares ainda não convertidos, sem nos preocupar com a possibilidade de sermos alcançados pela morte antes da conversão de alguns deles.

A Palavra de Deus é como uma semente que plantamos. Ela dá os frutos no tempo determinado pelo Senhor, e esse tempo nem sempre é igual ao nosso. Muitas vezes alguns de nossos entes queridos demoram a ser tocados no coração, e só se convertem depois que já não estamos mais aqui. Mas quando seguimos os caminhos do Senhor com perseverança e fidelidade, certamente nos encontraremos no reino dos céus.

Outro detalhe importante relatado nos versículos iniciais desta mensagem é o fato de Deus não deixar Moisés entrar na terra da promessa. O motivo foi um pequeno deslize no cumprimento de uma ordem. Deus mandou que falasse à rocha para dar água, e Moisés bateu na rocha ao invés de falar (Nu. 20: 8 e 11). Isso leva-nos a ter uma triste idéa do que acontecerá com aqueles que hoje distorcem os sentidos da Palavra do Senhor, no desejo de alcançar objetivos pessoais. Veja a advertência de Jesus aos que assim procedem. Eis o texto:

“Muitos, naquele dia, hão de dizer-me: Senhor, Senhor! Porventura, não temos nós profetizado em teu nome, e em teu nome não expelimos demônios, e em teu nome não fizemos muitos milagres? Então, lhes direi explicitamente: nunca vos conheci. Apartai-vos de mim, os que praticais a iniquidade. ” (Mt. 7: 22-23).

Amigo, os privilégios de um servo de Deus são maravilhosos, e os planos do Senhor são de vitória nessa vida, e gozo completo depois dela (Jr. 29: 11). Mas aqueles que desobedecem a vontade do Senhor não devem iludir a si mesmos, porque nada passa despercebido no dia do acerto de contas. Veja o texto:

“Não vos enganeis; de Deus não se zomba. Pois aquilo que o homem semear, isso também ceifará: ” (Gl. 6: 7).

Que o Senhor possa falar melhor ao seu coração.