PRIVILÉGIO DOS ESCOLHIDOS

MSG 549 = 28/06/2017

“O anjo do SENHOR acampa-se ao redor dos que o temem, e os livra. ” (Sl. 34: 7).

Textos importantes das Escrituras passam despercebidos, e só despertamos para o seu verdadeiro valor quando o Espírito Santo nos traz a revelação sobre eles. Isso é uma indicação de que o entendimento da Palavra de Deus acontece de modo diferente daquilo que normalmente lemos; e uma confirmação de que é a unção do Espírito de Deus quem nos ensina a verdade sobre Sua Palavra (I Jo. 2: 27).

O versículo acima reproduzido não foge à regra. Na maioria das vezes passamos por ele sem despertar para a profundidade contida em um de seus significados. Entre outros, ele diz respeito a um dos acontecimentos mais importante da existência humana. A santa Palavra mostra que o destino de nossa alma é definido no momento em que morremos. É nesse momento que a alma da pessoa não salva fica perdida na face da terra, e a da pessoa salva é recolhida pelos anjos de Deus, sendo levada aos céus (Lc. 16: 22). Esse é um dos privilégios que só os servos de Deus têm, mas que só pode ser adquirido através de uma vida baseada na observação fiel da vontade do Senhor.

Jesus mostrou que, na morte, o ser humano perde o corpo, mas não perde a consciência do que fez aqui, e suas obras o acompanham (Lc. 16: 24 e Ap. 14: 13). Portanto, as pessoas que se sacrificaram para vivenciar os ensinamentos do Filho de Deus; que levaram a sério os mandamentos da nova aliança e cumpriram com coragem e dignidade as recomendações de Jesus, certamente se sentem recompensadas quando são recolhidas pelo anjo do Senhor logo depois que morrem. Foi por essa razão que ele advertiu para esforçarmos a fim de viver dentro daquilo que o evangelho nos orienta. Veja o texto:

“Entrai pela porta estreita, porque larga é a porta, e espaçoso, o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela; Porfiai por entrar pela porta estreita, porque eu vos digo que muitos procurarão entrar e não poderão. “ (Mt. 7: 13-14).

Milhões de cristãos hoje estão sendo ensinados a entrar pela porta larga. Eles não aceitam fazer esforço para cumprir grandes mandamentos que Jesus recomendou, e ainda recebem o apoio de suas lideranças para pensar assim. Esquecem ou não acreditam que o diabo atua também no pináculo do templo para enganar os escolhidos (Lc. 4: 9 e Mt. 24: 24). Esses, com certeza, herdaram o espírito de Esaú, que preferiu trocar a benção de Deus por um prato de lentilhas (Gn. 25: 32-33-34). Mas a face triste da história de suas existências vai ocorrer no momento em que acordarem no mundo espiritual e descobrir que perderam o privilégio oferecido por Deus aos seus escolhidos.

Quando atentamos para a profundidade da Palavra do Senhor, facilmente percebemos que as pessoas que se esforçam para entrar no reino de Deus não temem a morte. Isso acontece porque na medida em que vão estreitando a comunhão com Deus, elas vão desenvolvendo a certeza dos privilégios que a esperam do outro lado da vida. Veja o que disse o apóstolo Paulo. Eis o texto:

“Porque para mim o viver é Cristo, e o morrer é ganho. Mas, se o viver na carne me der fruto da minha obra, não sei, então, o que deva escolher.” (Fp. 1: 21-22).

A estreita comunhão com Deus e a certeza de sua fidelidade a Jesus levou Paulo a ter absoluta consciência dos privilégios que havia de desfrutar em vida espiritual. Por isso, a morte já não fazia mais efeito para ele. Pelo contrário, particularmente, ela até o colocava em melhor situação (Fp. 1: 23-24).

Amigo, os privilégios que esperavam por Paulo do outro lado da vida, não eram exclusividade dele. Era o fruto de sua fidelidade no cumprimento da Palavra de Jesus, e podem ser alcançados por qualquer um dos escolhidos do Senhor, pois Jesus não nos oferece as migalhas da mesa. Ele quer cear com cada um de nós (Ap. 3: 20).

Que o Senhor te abençoe mais e mais.

Natanael de Souza