“prega a palavra, insta a tempo e fora de tempo, convence, repreende, exorta com toda a paciência e ensino. Pois virá tempo em que os homens não suportarão a sã doutrina, mas desejosos de ouvir coisas agradáveis, cercar-se-ão de mestres segundo os seus desejos” (2 Tm. 4: 2-3)).
Estamos a mais de dois mil anos da ascensão de Jesus, e as características das pessoas em relação à fé não mudou muito. Grandes pregadores já passaram pelo mundo, venceram seu tempo e morreram; alguns martirizados por terem falado a verdade. Mas ainda é muito tímida a forma pela qual levamos a Palavra do Senhor às pessoas. Parece não haver interesse em mostrá-la de forma mais eficiente. Isso é muito triste, quando consideramos que Jesus pagou um altíssimo preço para restaurar o reino (espiritual) desse mundo que estava entregue ao diabo desde os tempos do Éden (Lc. 4: 6). Assim, com toda certeza, podemos esperar que muitos daqueles a quem foi dado o encargo de semear a Palavra da Verdade vão ser cobrados pela negligência no desempenho da tarefa recebida (Ez. 33: 6). Os interesses individuais têm prevalecido em detrimento do ensino do evangelho. O aprendizado pela unção do Espírito Santo (I Jo. 2: 27) tem sido menosprezado pela sede de autoridade sobre os que pertencem ao rebanho de Jesus. Ganância de dinheiro, desejos de aplausos, formalidades meramente humanas, e uma enorme variedade de doutrina de homens têm inibido a simplicidade da Palavra do Senhor.
Os versículos que acima reproduzimos predizerem com exatidão o que acontece no tempo atual. A verdadeira unção do Espírito Santo tem sido posta de lado por milhares de pessoas que tentam nivelar o aprendizado da Palavra de Deus com o ensino das atividades seculares, como se ela pudesse ser aprendida em forma de uma profissão qualquer. No cenário desse absurdo, muitas e muitas vezes aqueles que foram chamados por Deus e receberam o ensino pela unção do Espírito da Verdade são criticados e até impedidos de falar. É muito semelhante à situação religiosa dos escribas e fariseus do tempo antigo, que foram duramente advertidos por Jesus. Veja um dos textos:
“Mas ai de vós, escribas e fariseus hipócritas! porque fechais aos homens o reino dos céus; pois nem vós entrais, nem deixais entrar os que estão entrando.” (Mt. 23: 13).
Desde o momento em que Jesus consumou o sacrifício na cruz do calvário (Jo. 19: 20), nosso direito de reinar espiritualmente foi restaurado. Mas o inimigo de nossas almas continua atuando na vida daqueles que não vivem na prática da verdade, e isso vai continuar até a volta do Senhor. Assim, nós cristãos precisamos empregar esforços para que as pessoas conheçam a vontade de Deus revelada através do evangelho. Essa foi a tarefa que o Senhor deixou para cada um. Veja suas últimas recomendações aos discípulos. Eis o texto:
“… Foi-me dado todo o poder no céu e na terra. Ide, pois, e fazei discípulos de todas as nações, batizando-as em o nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo;” (Mt. 28: 18-19).
A ordem ficou bem clara: Independente das circunstâncias em que nos encontramos, a Palavra de Deus deve ser levada às pessoas. Nos dias atuais Deus tem proporcionado poderosos meios de comunicação, que se usados com bom senso, muito podem contribuir para que todas as tribos, povos e nações conheçam que Jesus Cristo é o Senhor.
Amigo, use os recursos que Deus colocou ao seu alcance e pregue a santa Palavra, para que o Senhor te considere como ovelha. Não dê ouvidos às críticas daqueles que representam a raiz dos fariseus, pois já não está muito longe o acerto de conta que Jesus há de fazer com todos nós, separando o hipócrita do verdadeiro. Veja o que vai acontecer: “e todas as nações serão reunidas em sua presença, e ele separará uns dos outros, como o pastor separa dos cabritos as ovelhas; e porá as ovelhas à sua direita, mas os cabritos, à esquerda;” (Mt. 25: 32-33).