Precisamos obedecer

MSG 206 = 29.09.2010

“Sujeitai-vos, portanto, a Deus; mas resisti ao diabo, e ele fugirá de vós. ” (Tg. 4: 7).

Logo após o primeiro pecado cometido pelo casal Adão e Eva, Deus interrompeu a condição do homem se comunicar com Ele, e estabeleceu exigências especiais para que o espírito humano pudesse retornar à Sua presença. O desafio exigia que o homem passasse pela vida na terra em total obediência, sem pecar uma só vez. Isso representava ferir a cabeça do inimigo, que tem por objetivo nos fazer pecar, como a serpente fez com os seres humanos no jardim do Éden (Gn. 3: 15). Mas essa exigência foi praticamente impossível de ser satisfeita, já que nossa luta é contra um inimigo em forma espiritual, e, portanto oculto aos nossos olhos. Por isso, a partir da queda espiritual de Adão (Gn. 3: 23-24), o mundo mergulhou num verdadeiro caos moral e ético, levando Deus a mandar o dilúvio, matando todos os seres viventes, com exceção de Noé e sua família (Gn. 6: 5). Mediante aliança de Deus com Noé, a terra foi repovoada, mas o ser humano permaneceu subjugado a ação do inimigo espiritual, já que ninguém tinha condição de combatê-lo, vivendo totalmente em obediência à vontade divina. Assim, por não cumprir a exigência de Deus, estabelecida por no princípio da criação, o homem permaneceu como escravo do diabo até que Deus enviasse o Seu próprio Filho à terra. Até aí, o inimigo imperava sozinho sobre todas as pessoas, e ninguém podia expulsá-lo (Zc. 3: 1-2 e Jd. 1: 9).

Porém, Jesus, ao passar pelo mundo em total obediência ao Pai, cumpriu a sentença estabelecida, na qual um filho de mulher deveria ferir a cabeça do descendente da serpente, ou seja, o inimigo que oculto aos nossos olhos nos mantinha cativos por milhares de anos (Ver Ap. 5: 1 a 5).

Agora observem o versículo que reproduzimos no inicio dessa mensagem. Ele declara que o diabo foge de nós quando o resistimos. Devemos ter firme em nosso coração que Jesus já feriu a cabeça dele para nós, e antes de voltar para o Pai nos outorgou autoridade para essa resistência (Lc. 10: 19). Portanto, resistir ao mal que ele manda sobre a nossa vida, seja de que forma for, é um direito do cristão que vive na prática dos mandamentos ensinados por Jesus. Isso deixa claro que a chave de nossa vitória está em obedecer ao Senhor, nos mínimos detalhes mostrados no evangelho.

É bom lembrar que nos momentos agudos das tribulações nossa fé tende a enfraquecer, gerando medo ou dúvida em resistir ao mal, e afetando nossa disposição em praticar alguns detalhes da lei divina. É aí que entra a necessidade de sermos determinados a fazer o que Jesus mandou, ainda que nosso coração não esteja pedindo. Quando nos determinamos a praticar e obedecer aos mandamentos de maneira irrestrita, é descoberto que de fato aquele que crê em Jesus como seu único e exclusivo salvador pode vencer o mal. Veja esse texto do apóstolo João:

“Porque todo o que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé. ” (I Jo. 5: 4).

Muitos fatos relatados nas Escrituras mostram a mão de Deus operando simplesmente pelo fato de praticarmos a obediência, mesmo contradizendo o que nosso coração pede naquele momento. Esse foi o caso de Naamã, curado de lepra quando o profeta Eliseu o mandou mergulhar sete vezes no rio Jordão (2 Re. 5: 14). Foi também o caso dos dez leprosos quando pediram a Jesus que os curasse. Jesus não impôs as mãos sobre eles; não ordenou a saída do mal. Simplesmente mandou que fossem mostrar ao sacerdote, e eles ficaram curados no caminho quando partiram para cumprir a ordem sem questionar (Lc. 17: 14). Esses fatos deixam a convicção de que devemos negar a nossa própria vontade para cumprir a Palavra do Senhor.

Amigos atentem para a verdade. A melhor e mais eficiente maneira de vencer os obstáculos de nossa vida, é a obediência a Deus, declarada na Sua Palavra. Lembre da promessa de Jesus sobre o envio do Espírito Santo. Eis o texto: “... ele vos guiará a toda a verdade; porque não falará por si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido e vos anunciará as coisas que hão de vir.” (Jo. 16: 13).

Portanto, é necessário examinar o que relatam as Escrituras, obedecendo a inspiração trazida pelo Espírito Santo, acima de qualquer influência que possa nos amedrontar (Sl. 27: 1).

Que as bênçãos do Senhor te alcancem em todos os dias de sua vida.