PERCA DA COMUNHÃO

MSG 628 - 22/01/2019

Quando Moisés subiu ao monte para receber as tábuas dos dez mandamentos, sua ausência por quarenta dias foi o suficiente para o povo de Israel se corromper, e adorar a imagem de um bezerro de ouro. Ao descer do monte, Moisés se indignou com isso, quebrou as tábuas, e posteriormente teve de retornar à presença do Senhor, para dar contas sobre o grande pecado que os hebreus haviam cometido. Ao pedir para perdoar o pecado do povo, Moisés disse para Deus que, se Ele não concedesse aquele perdão, poderia então riscar seu nome do livro da vida. A resposta do Senhor foi muito interessante. Veja o texto:

“Então, disse o SENHOR a Moisés: Riscarei do meu livro todo aquele que pecar contra mim.” (Ex. 32: 33).

Os fatos ocorridos ao longo do tempo têm mostrado que realmente Deus fez isso com muitos daqueles que foram colocados em boas posições, e se desviaram do verdadeiro alvo. Isso aconteceu porque eles cresceram, deixaram a arrogância invadir seus corações, e olham para a oferta do diabo, descuidando da fidelidade exigida por Deus. O rei Saul foi um deles. Deixou a arrogância entrar, e começou a distorcer as ordens de Deus, até o ponto de substituir a obediência pelo sacrifício, e achar que estava certo. O Senhor tirou a unção, e ele acabou sendo morto pela espada do inimigo (I Sm. 15: 19 a 23). O mundo de hoje tem muitas lideranças que tomaram rumo idêntico, e que podiam estar ricas da unção de Deus, conduzindo milhares de almas aos retos caminhos do Senhor, mas caíram, perderam a unção divina, e estão em pé apenas pela fama. Elas entraram no mesmo engodo com o qual satanás tentou enganar Jesus (Lc. 4: 5 a 8). Aceitaram a idéa de ajuntar tesouros na terra, deixando de acatar o conselho do Senhor para ajuntar tesouros no céu (Mt. 6: 20).

Esse tipo de armadilha é sutil, venenoso, e não é executado por espíritos atrasados da terra, mas pelas altas potestades malignas, que dificilmente podem ser percebidas. É por essa razão que o apóstolo Paulo advertiu de que nossa luta é contra as potestades tenebrosas das regiões celestiais (Ef. 6: 12).

Para não ser engolida por elas, a pessoa tem de ter um alto grau de humildade, já que depois que elas instalam, é necessário aceitar a visão daqueles que estão em um nível inferior (2 Re. 5: 13). Davi foi um dos poucos que se livrou desse tipo de emboscada, pelo fato de ser humilde e ter grande temor de Deus (I Sm. 12: 1 a 7). A vítima dessas potestades não percebe que foi afetada nem antes, nem depois que elas instalam. A diferença aparece nos frutos de suas ações, e foi por isso que Jesus nos advertiu a avaliar os frutos das obras que se apresentam como sendo dele (Mt. 7: 16).

Portanto, podemos concluir que quanto mais alta for a posição que Deus nos coloca, maior será a necessidade de santificação e conhecimento do Senhor, pois a quem muito foi dado, muito será pedido (Lc. 12: 48).

Que Deus nos conceda força e poder para vencer todas as coisas.

Natanael de Souza