Paz na Terra

MSG 362 DE 10/9/2013

E, subitamente, apareceu com o anjo uma multidão da milícia celestial, louvando a Deus e dizendo: Glória a Deus nas maiores alturas, e paz na terra entre os homens, a quem ele quer bem.” (Lc. 2: 13-14).

O coração humano tem sede de paz. Fomos criados à imagem e semelhança de Deus, e nosso espírito traz as marcas e características do Criador. Por isso, mais avivada ou menos avivada a chama de Deus é uma realidade em cada pessoa. Essa é a razão pela qual Ele quer que todos sejam salvos (I Tm. 2: 6). O empenho do Senhor em retornar cada ser humano à Sua presença foi amplamente revelado através do envio do Seu próprio Filho em forma humana para resgatar o mundo dos domínios de satanás. Essa foi a maior prova de que, ainda que nossos pecados sejam grandes, Deus tem as mãos estendidas para nos dar o perdão, e transformar nossa vida para alcançar a plena paz (Is. 1: 18). Na demanda do mundo, milhões de pessoas nascem, crescem, vivem e morrem sem alcançar a paz; mas vai chegar o dia em que todas elas vão ser chamadas à presença do Senhor, em espírito, para serem avaliadas sobre o que fizeram aqui, no sentido de reconhecer ou não a soberania do Criador (Ap. 20: 11 a 15). Em parte, nós cristãos temos alguma responsabilidade nesse processo, já que recebemos o evangelho de Jesus, e aprendemos que ele se fez homem entre nós, e nos trouxe a paz (Ef. 2: 14). Assim, compete-nos anuncia-lo, mostrando que ele é o oásis no deserto de nossa alma, e está pronto a nos conceder paz, mesmo que estejamos em momentos de intensa luta (Jo. 14: 27).

Os versículos que acima reproduzimos dizem respeito ao anúncio do nascimento de Jesus, aos pastores de Belém, e testemunham o objetivo de Deus em nos conduzir à paz, cumprindo a promessa feita ao povo hebreu a mais de mil e quatrocentos anos (Dt. 18: 18-19). Essa é a razão pela qual, no momento da chegada do Senhor aqui, uma multidão de anjos anunciou que ele estava entre nós.

Seria impossível explicar, humanamente, como se poderia anunciar paz na terra, quando a guerra entre os povos estava a pleno vapor naquele tempo. No cenário da época o império romano era o senhor da situação, e fazia o que bem aprouvesse a cabeça de seu rei, guerreando e jorrando sangue continuamente, estabelecendo ou destruindo quem ele quisesse. Jesus nasceu nesse ambiente, onde homens arrogantes se julgavam senhores do mundo. Como o Filho de Deus, e em meio a tanta riqueza e opulência, foi recebido num curral de animais.

Mas, como está escrito, a Palavra de Deus não volta vazia (Is. 55: 11). A força máxima que os pobres mortais tinham para combater o Senhor dos céus era provocar a morte de quem eles queriam se livrar. E isso foi tentado por várias vezes, mas não foi possível que seus intentos alcançassem Jesus. Ele cumpriu aqui seu tempo determinado, e só se deixou dominar pelos homens depois de consumada a sua missão.

Como já era profetizado (Dn. 2: 40), o tempo do império romano passou e as coisas mudaram. Os homens se tornaram mais civilizados, e as guerras hoje podem ser consideradas menos traumáticas. Porém, a paz trazida por Jesus prosperou no mundo, mesmo diante da ferrenha oposição do anticristo que incansavelmente tenta dominar. Na verdade chegará o dia em que os opositores do Senhor irão tomar um pequeno gostinho do poder de domínio sobre a terra – por cerca de três anos e meio – conforme está profetizado (Dn. 7: 25). Mas a paz que o Senhor trouxe será estabelecida sem que nenhuma força humana possa deter. Ele é a pedra que esmiuçou todos os reinos (Dn. 2: 34-35). Como homem, foi castigado de forma extrema, ou seja, tudo que os homens imaginaram que pudesse causar dor e sofrimento lhe foi imposto (Is. 53: 5). Mas ignorando a tudo, ele implantou a paz na terra, e as portas do inferno não prevalecerão (Mt. 16: 18).

Amigo, se você almeja descanso e está em meio às guerras e demandas desse mundo, lembre-se de uma coisa: JESUS CRISTO É O SEU OÁSIS DE PAZ. Busque-o, e refugie nele. Veja o que ele prometeu. Eis o texto:

“Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize.” (Jo. 14: 27).

O Senhor te abençoe e te guarde. O Senhor sobre ti levante o rosto e te dê a paz.