“… vós não credes, porque não sois das minhas ovelhas. As minhas ovelhas ouvem a minha voz; eu as conheço, e elas me seguem.” (Jo. 10: 26-27).
Visando facilitar o entendimento das pessoas, Jesus fazia comparações, trazendo exemplos de algo que já era bem conhecido, para explicar como deve ser nosso relacionamento no reino de Deus. Essa é a razão pela qual fomos comparados com as ovelhas. Elas já existiam no mundo a milhares de anos, e todas as pessoas conheciam a natureza de seu comportamento em relação aos pastores. Na verdade até hoje a comparação entre a ovelha e o cristão tem um sentido extremamente semelhante.
Os versículos acima transcritos relatam a resposta do Senhor aos judeus que o interpelaram para que ele declarasse se era ou não o Messias esperado pelo povo de Israel. Entretanto, não era costume do Senhor fazer declaração direta a respeito desse assunto, e por isso respondeu aos seus interpeladores mostrando o motivo pelo qual tinham dúvidas (Jo. 10: 25-26). Declarando que aqueles judeus não eram de suas ovelhas, Jesus mostrou que a incredulidade nos impede de reconhecê-lo como Senhor e Salvador de nossas almas, mesmo com sinais e milagres diante dos nossos olhos.
Lamentavelmente em nossos dias ainda existem inúmeras pessoas com visão muito semelhante à daqueles judeus. Mesmo se dizendo mestres no ensino do evangelho, elas veem Deus curando os enfermos e libertando os oprimidos, mas procuram descartar a verdade simplesmente porque não foram escolhidas para esse tipo de ministério. É bom lembrar que essas pessoas estão correndo o sério risco de cometer o pecado de blasfêmia contra o Espírito Santo. As Escrituras registram que ao ver Jesus curar cegos, fazer mudos falarem e expulsar demônios, os fariseus daquela época disseram que ele fazia isso pelo poder de belzebu (Mt. 12: 22-23-24). Mas veja a resposta que o Senhor deu. Eis o texto:
“… Todo o pecado e blasfêmia serão perdoados aos homens, mas a blasfêmia contra o Espírito não lhes será perdoada. Ao que disser alguma palavra contra o Filho do homem, isso lhe será perdoado; porémao que falar contra o Espírito Santo, não lhe será perdoado, nem neste mundo, nem no vindouro.” (Mt. 12: 31-32).
Cabe uma pergunta: Será que os fariseus de nosso tempo não estão caindo na armadilha de satanás e cometendo o mesmo erro? Se isso estiver acontecendo, eles e seus seguidores não serão perdoados nem no mundo de hoje, nem no juízo final. É pecado sem perdão (I Jo. 5: 16). Precisamos atentar para o fato de que Deus se revela a quem Ele quer, sem levar em conta a sabedoria humana, pois é Ele quem nos capacita (2 Co. 3: 5). Por isso, devemos ter o bom senso de respeitar a unção de Deus em quem ela estiver.
O mundo cristão está cheio de bodes, que na verdade não creem na santa Palavra, mas disfarçados se infiltram entre as ovelhas puras de Jesus, tentando enganar até os eleitos, se for possível (Mc. 13: 22). Mas o Senhor os conhece, e sabe que eles não ouvem a sua voz e nem o segue. Isso começou no princípio do cristianismo (Ap. 3: 15-16). Mas tempos virão em que o Senhor haverá de separá-los das verdadeiras ovelhas. Veja a Palavra de Jesus:
“Quando vier o Filho do homem na sua glória, e todos os anjos com ele, então se assentará no trono de sua glória. Todas as nações serão reunidas diante dele, e separará uns dos outros, como o pastor separa as ovelhas dos cabritos;” (Mt. 25: 31-32).
Amigo, seja uma ovelha do rebanho de Jesus. Se ele te chamou, mudando seu coração pelo poder do Espírito Santo, dessa mesma forma ele pode te fazer entender a plenitude da glória de Deus através da revelação da verdade, como fez com o apóstolo Pedro quando ainda era discípulo do Senhor (Mt. 16: 17).