Mensagem

OS TALENTOS

MSG 673 = 03/'2/2019

       Jesus mostrou - através da parábola dos talentos - que quando somos chamados para o caminho da salvação, o Espírito Santo deixa em nós uma unção potencial, segundo a capacidade que Ele encontra em cada um, para que venhamos a evoluir espiritualmente (Mt. 25: 14 a 18). Essa unção nos leva a ter uma visão realista do texto sagrado, capacitando-nos a entender a Palavra de Deus. No entanto, o revestimento espiritual que proporciona força para vencer as lutas, só vem com o batismo do Espírito Santo (Jo. 7: 38-39). Esse batismo vem completar a aliança que firmamos com o Senhor, como ficou demonstrado na vida dos primeiros discípulos. Jesus havia soprado sobre eles o Espírito Santo (Jo. 20: 22-23). Mas antes de subir aos céus, ordenou-lhes que ficassem em Jerusalém, até que recebessem a promessa de Deus, a respeito do derramamento do Espírito (Joel 2: 28-29). Veja essa declaração. Eis o texto:

      “... recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra.” (At. 1: 8).  

       Fica claro, então, que a unção inicial permanece em nós, para que passemos a entender o verdadeiro sentido da vontade do Senhor como está nas Escrituras (I Jo. 2: 27). Mas a força espiritual para lutar contra as adversidades mandadas pelo inimigo, só vem quando somos batizados com o Espírito, a exemplo do que aconteceu com os primeiros discípulos do Senhor (At. 2: 7). Essa é a unção que nos dá condições de alcançar aperfeiçoamento espiritual, levando-nos a vencer os desafios que vamos enfrentar durante a vida, e que são considerados como batismos com fogo (Lc. 3: 16).

       Isso foi mostrado na vida do apóstolo Pedro. Antes do batismo com o Espírito Santo, houve ocasiões em que ele teve medo, e não foi bem-sucedido (Mt. 14: 30 e 26: 58). Mas depois do dia de Pentecostes, ou seja, depois do batismo, ele mostrou atitudes completamente diferente, ao enfrentar as ameaças daqueles que se levantavam contra Jesus. Veja o que ele disse a um Sumo Sacerdote, quando foi proibido de pregar o evangelho. Eis o texto:

       “... O sumo sacerdote interrogou-os, dizendo: Expressamente vos admoestamos que não ensinásseis nesse nome, e eis que tendes enchido Jerusalém com o vosso ensino, ..., Mas Pedro e os apóstolos responderam: Importa antes obedecer a Deus que aos homens.” At. 5: 27-28-29).

       Aqui Pedro já não era mais aquele medroso que seguiu Jesus de longe, dando oportunidade ao diabo para fazê-lo negar ao Senhor por três vezes (Mt. 26: 69 a 74). Essa é a razão pela qual os falsos profetas não interessam que suas vítimas passem a conhecer o evangelho com profundidade. Eles sabem que se isso acontecer, elas perderão o medo que as mantém como escravas de seus interesses (Jo. 8: 31-32).        Na parábola dos talentos Jesus mostrou que a unção que recebemos quando somos chamados para o caminho da salvação, deve ser desenvolvida. Mas também advertiu de que será condenado aquele que a recebe e não dá frutos (Mt. 25: 30-31).  

       Portanto, é de vital importância congregarmos em igrejas que se interessem pelo ensino do evangelho, pois estamos no tempo da nova aliança, através da qual Deus planejou imprimir Sua vontade em nossa mente (Jr. 31: 31 a 34). É uma questão de vida ou morte espiritual. Ou desenvolvemos o talento recebido, ou seremos negados pelo Senhor na hora da morte (Mt. 7: 22-23).

       Que Deus nos conceda a força e o poder para vencer todas as coisas.
 
                                                                      Natanael de Souza