“e não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do mal.” (Mt. 6: 13).
As Escrituras relatam que, ao ser batizado no rio Jordão, logo após sair das águas, Jesus foi confirmado pela voz audível de Deus, e o Espírito Santo veio sobre ele em forma de uma pomba (Mt. 3: 16-17). A unção que estava sobre o Senhor naquele momento era indiscutível. Mas logo a seguir, declara o texto, ele foi levado ao deserto para ser tentado. Às nossas vistas humanas, Jesus não tinha necessidade de ser tentado, já que havia acabado de ser ungido e confirmado publicamente por Deus. Mas hoje olhamos para o passado e compreendemos o propósito que Deus tinha quando o levou ao deserto, pois lá o Senhor mostrou, na prática, tudo o que devemos fazer para evitar cair nos laços satânicos. Entre os ensinamentos preciosos expressados pelas atitudes de Jesus ali, está a rejeição de todas as sugestões do inimigo, confrontando-as com a vontade de Deus, descrita na Sua Palavra. Esse é exatamente o caminho pelo qual devemos nos conduzir.
Em todas as áreas da vida somos influenciados por uma grande variedade de sugestões, tentando obter nossa concordância. Essas sugestões, muitas vezes, vistas como oportunidades, aumentam na proporção em que o mundo se desenvolve, caminhando para dias melhores. Mas não podemos esquecer de que no meio do trigo vem também o joio, e por isso devemos separar um do outro para não sermos enganados. O apóstolo Paulo nos aconselhou esse procedimento. Veja o texto:
“julgai todas as coisas, retende o que é bom; abstende-vos de toda forma de mal.” (I Ts. 5: 21-22).
Rejeitar taxativamente todo tipo de coisa que contraria a vontade de Deus, é a atitude a ser tomada para não cairmos nas tentações. Às vezes pedimos a Deus todos os dias para que não nos deixe cair nelas. Mas só somos atendidos quando nos lembramos de Sua Palavra, e fazemos tudo o que Ele mandou. Quando, por temor de Deus, julgamos as coisas com o propósito de reter o que convém, o Espírito Santo está pronto para trazer em nosso coração as atitudes a serem tomadas. Essa é a maneira pela qual nos abstemos do mal, distinguindo os acordos propostos pelo maligno, e rejeitando-os. É o modelo das atitudes tomadas por Jesus quando foi tentado no deserto.
Evidentemente em muitas vezes a nossa vontade carnal tenta prevalecer. Mas se levarmos em conta que a obediência à Palavra de Deus é o fator mais importante diante Dele, certamente obteremos vitória. Veja o texto:
“Não vos enganeis; de Deus não se zomba. Pois aquilo que o homem semear, isso também ceifará: ” (Gl. 6: 7).
Assim, se desejamos vencer as tentações e conquistar uma posição digna diante de Deus, temos de copiar o comportamento de Jesus quando foi tentado, passando pelo crivo da santa Palavra tudo aquilo que o mundo sugere. Essa é a única maneira de separar o joio do trigo, e procurar matar o leão chamado de natureza carnal que existe dentro de cada um de nós. Com certeza, é muito difícil fazer isso num mundo cada vez mais atraente e mais corrupto. Mas está escrito que o reino de Deus é conquistado por esforço, e que somente a porta estreita nos conduz ao gozo eterno (Mt. 7: 14).
Portanto, devemos sim pedir a Deus para não nos deixar cair em tentação; mas antes de tudo temos de procurar ser íntegros e retos em Seus caminhos, buscando conhecer e satisfazer a Sua vontade. Caso contrário, amargaremos o Seu silencio, sem receber respostas às nossas súplicas.
Que o Senhor te abençoe e te guarde. Que Ele possa resplandecer o Seu rosto sobre ti e te dar a paz (Nu. 6: 24-25-26).