“Onde está aquele que é nascido rei dos judeus? Porque vimos a sua estrela no Oriente e viemos a adorá-lo” (Mt. 2:2).
A estrela representa um símbolo de distinção. Quando ligada a alguém, indica que seu portador desfruta de posição destacada devendo, portanto, merecer a atenção e respeito. As Escrituras mostram que, no princípio, o espírito do ser humano era semelhante a uma estrela, pois Deus o colocou como querubim da guarda, dando-lhe posição de honra entre todas as coisas criadas (Ez. 28: 14). Mas, ele perdeu essa condição quando se deixou levar pelo pecado, ou seja, perdeu a liderança do mundo espiritual terreno. Isso quer dizer que dominamos na parte física do mundo, mas na parte espiritual somos cegos. O domínio do reino espiritual da terra foi tirado do homem e entregue ao espírito da serpente, a cujas palavras o homem deu ouvidos, em detrimento da ordem de Deus (Ver Lc. 4: 6). Nesse sentido, como herdeiro da natureza pecaminosa de Adão, todo homem passou a ser considerado como uma estrela caída (Ap. 9: 1). Assim, fez-se necessária a vinda de Jesus como homem, para o resgate desse reino, já que, como Filho de Deus, e gerado pelo Espírito Santo (Lc. 1: 34-35), ele não pertence á geração de Adão. Somente ao Senhor Jesus foi possível vir ao mundo nessa condição. Daí a diferença notada pelos estudiosos da época, quando distinguiu o Espírito do Senhor como uma estrela no céu. Diferente de tudo que existia no mundo espiritual da terra na época, essa não era uma estrela caída.
O versículo acima reproduzido mostra o interesse dos sábios espirituais em se aproximar do Salvador. Com toda certeza, eles eram homens tementes a Deus. Mas não tinham a visão do plano de salvação detalhada nas Escrituras como temos hoje. Entretanto, seus gestos sublimes deixaram a marca na história, mostrando a maneira pela qual devemos nos aproximar de Deus. A atitude deles demonstrou o modelo de como devemos comportar hoje, diante do Senhor. Sem olhar para a longa distancia que deveriam caminhar pelo deserto, em lombo de animais, se empenharam em aproximar do recém-nascido tão somente para adorá-lo, e ofertar que tinham de melhor. Eles não estavam interessados em buscar curas, libertações, ou outros benefícios parecidos, mas apenas de ver, adorar e agradar com presentes o Filho de Deus. É claro que o diabo estava de plantão, e tentou enganá-los. Veja o texto:
“Com isto, Herodes, tendo chamado secretamente os magos, inquiriu deles com precisão quanto ao tempo em que a estrela aparecera. E, enviando-os a Belém, disse-lhes: Ide informar-vos cuidadosamente a respeito do menino; e, quandoo tiverdes encontrado, avisai-me, para eu também ir adorá-lo. ” (Mt. 2: 7-8).
Mas Deus não deixou que eles caíssem na armadilha, avisando-os a voltar por outro caminho (Ver Mt. 2: 12).
Gostaríamos de deixar claro através dessa mensagem que Deus nunca mudou a maneira de operar quando O obedecemos. Naquele tempo os magos do Oriente foram guiados pela estrela de Jesus, e nos tempos atuais os que obedecem a Deus são guiados pelo divino Espírito Santo, e da mesma forma que Deus os desviou da cilada de Herodes, também hoje Ele nos desvia das astucias satânicas.
Amigos busquem ao Senhor não somente nos momentos de angustias e necessidades; mas pelo prazer em adorá-lo, pois ele é digno de honra e glória. Faça oferendas a Deus sem interesse de algo em troca, apenas demonstrando gratidão pela vida que Ele nos concede, e certamente você será bem-aventurado. Veja o texto:
“Louvai ao SENHOR! Bem-aventurado o homem que teme ao SENHOR, que em seus mandamentos tem grande prazer. A sua descendência será poderosa na terra; a geração dos justos será abençoada. ” (Sl. 112: 1-2).