Os Efeitos da Palavra

MSG 209 = 03.11.2010

“assim será a palavra que sair da minha boca: não voltará para mim vazia, mas fará o que me apraz e prosperará naquilo para que a designei.” (Is. 55: 11).

No mundo em que vivemos nossos planos estão sujeitos a variações, e nem sempre se concretizam da forma esperada. Prevendo esses efeitos, considerados naturais, somos ensinados tecnicamente a adotar meios alternativos em nossos planejamentos, a fim de evitar a perca de esforços dispendiosos. Isso mostra que somos imperfeitos e não temos a certeza absoluta de que nossas ações vão atingir o alvo proposto. Essa é a razão pela qual colocamos a esperança na palavra das pessoas, e no final do tempo previsto ficamos decepcionados por não ver resultados satisfatórios. Muitas vezes não foi falta de atitude que impediu de ser concretizada nossa esperança; mas a falha decorrente da natureza humana em atingir com precisão o sucesso que almejamos. Consciente dessa verdade, o apóstolo Paulo, mesmo depois de uma vida dedicada à propagação do evangelho, declarou ainda não ter certeza de sua perfeição em Cristo Jesus (Fil. 3: 12-13). Isso testifica da incerteza natural em conseguir o que buscamos, e dificulta o pleno exercício da fé (Hb. 11: 1). É exatamente nesse ponto que está a diferença entre a palavra do homem e a Palavra de Deus.

O versículo que acima reproduzimos é uma afirmativa sobre a diferença que existe entre os planos de Deus e os nossos. Por isso, devemos lembrar que todos os planos contidos nas Escrituras serão fielmente executados conforme estão previstos, sem qualquer possibilidade de falhas (Tg. 1: 16-17).

A consideração desse detalhe existente entre a palavra humana e a Palavra Deus é de grande importância para nossa vitória na luta que travamos diariamente para vencer as forças do adversário. Sabendo que o mundo haveria de prosperar nos caminhos do engano, Jesus nos advertiu, apontando no sentido de se considerar em primeiro lugar os seus mandamentos (Mt. 6: 33).

Ele sabia que, ao longo dos tempos, muitos de nós iríamos ser induzidos sutilmente a trocar a fortaleza da Palavra de Deus pela sugestão enganosa da palavra falsa. A final foi isso que aconteceu no princípio da criação, e nos levou a herdar a natureza do pecado. Porém, quando buscamos reconhecer a superioridade da Palavra de Deus, e procuramos tomar atitudes com base no que Ele nos orienta, sentimos logo a irrefutável diferença. Isso ocorre porque Deus é fiel no cumprimento do que Ele afirma (1 Co. 1: 9).

Esse caráter de perfeição absoluta da Palavra de Deus abrange todos os propósitos que Ele tem para com nós, desde uma atitude individual que tomamos pela fé, até a concretização final do plano destinado à salvação do ser humano para retorná-lo à posição que ele tinha diante de Deus antes do pecado. Está escrito que os dons e a vocação do Senhor são irrevogáveis (Rm. 11: 29). Por isso, é importante vigiar e orar para que tenhamos a coragem de rejeitar a palavra do homem quando essa estiver em desacordo com a Palavra de Deus, pois a do homem falha; mas a de Deus jamais deixará de acontecer, ainda que nos pareça algo impossível. Com toda certeza, o sucesso de Davi teve por base a grande confiança que ele depositava na Palavra de Deus. Veja uma de suas afirmações:

“... não me deixes fugir aos teus mandamentos. Guardo no coração as tuas palavras, para não pecar contra ti. ” (Sl. 119: 10-11).

Portanto amigo, se você quer prosperar em seus objetivos, coloque-os em acordo com as orientações contidas no evangelho, e tenha a certeza da vitória, pois a Palavra do Senhor nunca vai te decepcionar. Ore, peça a direção divina, e não te detenhas diante da palavra do homem, pois é o Espírito Santo quem te guia no caminho da verdade (Jô. 16: 13).

Que o Senhor a quem servimos fale melhor ao seu coração.