Muitos são aqueles que cumprem, de maneira incompleta, as ordens recebidas, e acham que isso é normal. Porém, quando a ordem vem de Deus, essa imperfeição não é tolerada, pois o Senhor vê esse tipo de atitude como imprudência, e exige que busquemos a perfeição (Mt. 5: 48). Esse tipo de descuido ocasionou a queda de muita gente, inclusive a de Saul, rei de Israel, que cumpria as ordens do Senhor de forma distorcida, e achava que não tinha problemas (I Sm. 15: 18 a 22). O diabo sabe que essa estratégia traz resultados e até tentou usá-la contra Jesus (Mt. 4: 3 a 10). Em nossos dias isso tem acontecido muito com aqueles que abraçam a divina tarefa de anunciar o evangelho. A ordem de Jesus para evangelizar tem sido distorcida de várias maneiras, por falta de atenção para com a santa Palavra. Veja no texto abaixo a transcrição das Palavras de Jesus aos discípulos.
“Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século” (Mt. 28: 19-20).
A ordem do Senhor é para firmar aliança através do batismo, com aqueles que aceitarem o evangelho, e os ensinar a guardar no coração a vontade do Senhor. Ela faz parte do Plano de Deus para aperfeiçoar espiritualmente os humanos, tornando-os seres superiores e perfeitos como foi no princípio, antes do homem se rebelar contra a ordem do Criador (Ez. 28: 14-15 e Jr. 31: 33). Ela não inclui nenhum tipo de disciplina na vida pessoal daqueles a quem evangelizamos, já que Deus tem um profundo respeito por aquilo que decidimos, ou seja, pelo princípio do livre arbítrio. Isso quer dizer que ao evangelizador compete expor a vontade do Senhor relatada nas Escrituras, deixando a decisão de obedecer ou não para aquele que ouviu a santa Palavra. Portanto, cada um daqueles que aceitam a aliança de salvação, e ouvem a Palavra de Deus, vão responder pelo que fizeram daquilo que ouviram (Dt. 18: 19). O julgamento vem quando a pessoa morre e vai passar a viver em vida espiritual (Jo. 12: 48). Portanto, a obrigação da igreja é fazer tudo o que for possível para que seus participantes tenham o evangelho em seus corações com clareza e perfeição. Jesus prometeu estar conosco até a consumação dos séculos (Mt. 28: 20). Mas isso só acontece quando a liderança cumpre corretamente o que ele mandou. A evidência disso é o acontecimento de milagres, e outras bençãos que edificam a igreja (Mt. 11: 2 a 5). Portanto, ele está presente em Espírito, onde se faz tudo como ele mandou (Jo. 2: 5). Aqueles que não cumprem suas ordens, simplesmente se resumem a mera associação de pessoas, sem nenhuma evidência de sua presença, e se assemelham aos antigos profetas de baal (I Re. 18: 26). Jesus nos advertiu de que isso viria a acontecer. Veja o texto:
“... acautelai-vos que ninguém vos engane. Porque muitos virão em meu nome, dizendo: Eu sou o Cristo; e enganarão a muitos” (Mt. 24: 4-5).
Essa é a razão pela qual encontramos milhares de pessoas que se dizem cristãs e não são. Sem observar os frutos de suas igrejas, elas seguem a falsos profetas, que distorcem a Palavra do Senhor em favor de seus próprios interesses, ou seja, não cumprem as ordens de Jesus, que pagou um alto preço para resgatar-nos das trevas espirituais.
Portanto, amigo, examine os frutos da igreja a que você pertence. O que está em jogo é de extrema importância, ou seja, o destino de seu espírito quando findar os dias de seu corpo aqui, e ele voltar ao pó da terra (Gn. 3: 19).
Que o Senhor nos conceda a força e o poder para vencer todas as coisas.
Natanael de Souza