“… e invocaram o nome de Baal desde a manhã até o meio dia, dizendo: Baal, responde-nos. Porém não havia voz, nem havia quem respondesse. Passado o meio-dia, profetizaram eles, até que a oferta de manjares se oferecesse; porém não houve voz, nem resposta, nem atenção alguma. ” (I Re. 18: 26-29).
As Escrituras declaram que a Palavra de Deus é viva e eficaz (Hb. 4: 12). Na verdade, o convívio com os textos bíblicos mostra que ela é infinitamente superior à palavra dos homens. Enquanto os efeitos da nossa palavra tende a desatualizar e ser superado pela evolução do mundo, os da Palavra de Deus se revelam cada vez mais atualizados independentes do tempo. Isso mostra que, ela vai muito além da simples descrição de fatos acontecidos em um momento da história, e seus registros podem ser considerados como direção divina para nos orientar diante de situações que ocorrem em nosso tempo, visto que o caráter de Deus nunca mudou (Ml. 3: 6).
Os versículos acima reproduzidos relatam sobre a falta de respostas à oração dos falsos profetas no tempo de Acabe, rei de Israel, mais ou menos nos anos 850 antes de Cristo. Eles fazem referência aos profetas de deuses estranhos (baal), que aceitaram disputar com Elias, servo de Deus, para provar que seus deuses respondiam as orações. Mas, como se vê acima, foram decepcionados por não terem nenhuma resposta. Eles confiavam em seus deuses, a ponto de aceitarem uma disputa com Elias, legítimo profeta do Deus único e verdadeiro. Mas morreram pelos seus enganos (I Re. 18: 40).
Apesar do tempo decorrido – cerca de 2.900 anos – ainda lutamos hoje com situações muito semelhantes. Milhões de pessoas ainda confiam em deuses estranhos, e estão também caminhando para a morte do corpo físico e a condenação do espirito (Ap. 21: 8). As características são idênticas, e demonstram que o engano a que elas se submetem vem da mesma fonte, ou melhor, do inimigo espiritual. É por essa razão que o apóstolo Paulo nos adverte a lutar contra as forças espirituais do mal que dominam a partir das regiões celestes (Ef. 6: 12).
A sequência da leitura sobre a disputa entre Elias e os profetas de baal, mostra que o representante do Deus verdadeiro foi respondido de forma imediata e profundamente reveladora. Veja o texto:
“No devido tempo,… aproximou-se o profeta Elias e disse: Ó SENHOR, Deus de Abraão, de Isaque e de Israel, fique, hoje, sabido que tu és Deus … e que eu sou teu servo e que, segundo a tua palavra, fiz todas estas coisas. Responde-me, SENHOR, … para que este povo saiba que tu, SENHOR, és Deus e que a ti fizeste retroceder o coração deles. Então, caiu fogo do SENHOR, e consumiu o holocausto, e a lenha, e as pedras, e a terra, e ainda lambeu a água que estava no rego.” (I Re. 18: 36-37-38).
A resposta imediata de Deus a um servo fiel aconteceu no passado, acontece no presente e vai acontecer no futuro (Is. 65: 24). A Bíblia mostra que não ficamos sem respostas quando vivemos em obediência à vontade do Senhor (Jr. 33: 3). Portanto, devemos examinar a nós mesmos quando oramos por várias vezes e Ele não responde. A atitude de verificar se estamos certos ou errados diante de Deus, já indica a disposição de obedecê-Lo.
O mundo está cheio de pessoas que se assemelham aos profetas de baal, clamando sem respostas. Com toda certeza, isso acontece porque elas esqueceram que Deus é soberano, e por isso devemos nos ajustar à Sua vontade. Portanto, se queremos ser respondidos é necessário que venhamos a negar a nós mesmos e cumprir atentamente Seus mandamentos. Veja o texto:
“Se atentamente ouvires a voz do SENHOR, teu Deus, tendo cuidado de guardar todos os seus mandamentos que hoje te ordeno, o SENHOR, teu Deus, te exaltará sobre todas as nações da terra.” (Dt. 28: 1).
A resposta às nossas necessidades está condicionada a ouvirmos o Senhor com atenção e obedecê-Lo.