“Pedro, pois, era guardado na prisão; mas a igreja fazia contínua oração por ele a Deus. ” (At. 12: 5).
Uma das virtudes que Deus mais aprecia em nós é a capacidade de insistir e não abandonar a busca da realização de nossos sonhos. Essa atitude é chamada de perseverança, e temos grande necessidade de desenvolvê-la como instrumento precioso para nossa caminhada em direção ao reino da glória, já que ainda estamos vivendo literalmente distante do nosso Criador. Quando não desenvolvemos essa qualidade em nosso espírito, ficamos vulneráveis à ação do inimigo. As Escrituras mostram que ele vai lutar contra nós até o fim de seus dias (I Pd. 5: 8). Portanto, o cristão que não insiste na busca das bênçãos de que necessita, corre o grande risco de perder a batalha no deserto da vida. Deus mostrou isso quando mandou Moisés enviar os doze homens a espiar a terra prometida (Nu. 13: 1-2). Só tiveram vitória os dois que perseveraram na fé (Nu. 14: 6-7-8). Não foi por acaso que o Senhor Jesus nos ensinou várias vezes a insistir na busca das bênçãos de que necessitamos (Lc. 18: 1 a 8).
O versículo acima transcrito é parte do texto que relata o milagre acontecido com Pedro numa das vezes em que foi preso por causa da Palavra de Deus. Ele reporta sobre a atitude da igreja que perseverou em contínua oração a favor do apóstolo, e a sequência de sua leitura mostra que o Senhor operou, enviando um anjo na prisão para soltar Pedro (At.12: 7). O Senhor Jesus ensinou que é da vontade de Deus nos abençoar em todas as coisas que pedimos (Mt. 7: 11), e que por isso, devemos insistir quando necessário.
Deus nos atende de maneira absolutamente individual, considerando a situação particular de cada um. Assim, se duas pessoas orarem para obter as mesmas coisas, pode acontecer que uma delas seja imediatamente atendida e outra demore muito mais. Isto acontece porque, apesar de não fazer acepção de pessoas, Deus considera cada um, segundo o fruto de suas ações(Jr.17: 10).
Surge daí a necessidade de, em muitos casos, orarmos continuamente até que venhamos a perceber um sinal de resposta. Observe a postura de Elias no alto do monte Carmelo, orando para chover. Veja o texto:
“Elias subiu ao cume do Carmelo e, inclinado por terra, meteu o rosto entre os joelhos. Disse ao seu criado: Sobe agora, e olha para a banda do mar. Subiu,olhou e disse: Não há nada. Elias disse-lhe: Torna a ir sete vezes. À sétima vez, disse: Eis que se levanta do mar uma nuvem, ao tamanho da mão dum homem.... Em pouco tempo o céu enegreceu de nuvens e de vento, e caiu uma grande chuva. ”(I Re. 18: 42 a 45).
Se Elias não orasse continuamente até Deus dar o sinal, certamente a chuva não chegaria, e ele teria sido morto pelo rei Acabe. As Escrituras mostram várias bênçãos derramadas diante de orações continuas, mesmo porque, para Deus, elas são vistas como sacrifício de nossos lábios (Os. 14: 2).
Esse sacrifício de, em alguns casos, termos que orar continuamente, é característico do estágio de tempo em que vivemos. Mas num futuro já bem próximo ele não vai ser mais necessário. Veja uma das promessas de Deus para o tempo do milênio bíblico:
“E será que, antes que clamem, eu responderei; estando eles ainda falando, eu os ouvirei. ” (Is, 65: 24).
Portanto, amigo meu, ainda temos a necessidade de imitar as atitudes de Elias, e da igreja primitiva, orando sem desistir até ver o sinal da benção. Mas acredite numa verdade: O Deus dos céus, em cuja mão está a nossa vida, é muito maior que nossos problemas. Ele quer e pode fazer acontecer o que desejamos, quando procedemos de acordo com a Sua Palavra.
Que as bênçãos do Senhor possam te alcançar em todos os dias de sua vida.