“... se escolheres a esquerda, irei para a direita; e, se a direita escolheres, eu irei para a esquerda. E levantou Ló os seus olhos e viu toda a campina do Jordão, que era toda bem regada, ... e era como o jardim do SENHOR, ...” (Gn. 13: 9-10).
Uma característica do ser humano profundamente respeitada por Deus, é direito de livre arbítrio, entendendo como tal o poder de optar pelos caminhos que quiser seguir. Isso significa que podemos obedecer a vontade do Senhor em tudo que vamos fazer (Tg. 4: 13-15); ou simplesmente decidir todas as coisas por nossa própria conta. Mas quando adotamos essa segunda opção, o resultado é de exclusiva responsabilidade nossa, pois o Espírito de Deus não compartilhou da tarefa. Está escrito que Ele esta com nós quando nós estamos com Ele; mas se O deixarmos Ele também nos deixará (2 Cr. 15: 2). Entretanto, muitas pessoas se portam como verdadeiras crianças espirituais. Partem para a ação sem consultá-Lo, e quando as coisas saem erradas recorrem pedindo ajuda. Devemos levar em conta que ficamos à mercê do inimigo todas as vezes que o Senhor não estiver no barco de nossa vida. Por isso, a atitude acertada é andar com Deus (Gn. 6: 9). Quando assim o fazemos, todas as coisas contribuem para nosso sucesso (Rm. 8: 28). Isso quer dizer que existe uma grande diferença de resultados entre os destinos de quem anda com Deus, e de quem não O coloca na direção de sua vida.
Os versículos transcritos no início desta mensagem relatam sobre a opção de Ló, ao se separar de Abraão no caminho entre Betel e Aí. Apesar de Ló ser sobrinho de Abraão, havia entre os dois uma grande diferença, já que Ló era homem de hábitos comuns, e Abraão um escolhido de Deus, vivendo em fiel aliança com a direção divina(Gn. 17: 9).
Ao mandar que Ló escolhesse a direção para a qual queria seguir, Abraão demonstrou a confiança de que tendo sua vida dirigida pela mão de Deus, poderia tomar qualquer rumo sem que nada desse errado. Ló, entretanto, escolheu a direção que, aos nossos olhos naturais, parecia a melhor. Mas o tempo mostrou que era puro engano. Aquele lugar que parecia ser um jardim do Senhor era a região de Sodoma e Gomorra, ou seja, as cidades mais prostituídas daquele tempo (Gn. 13:13). De lá, ele teve de sair às pressas, e ainda perdeu a mulher, que, por desobediência, virou uma estátua de sal (Gn. 19: 24 a 26). O próprio Ló só se salvou por ser sobrinho de Abraão. Veja o texto:
“Quando Deus destruiu as cidades da Planície, então se lembrou de Abraão, e tirou a Ló do meio da destruição, quando subverteu as cidades em que Ló habitara” (Gn. 19: 29).
Esses textos relatando a opção de Ló mostram claramente a diferença que existe nas decisões daquele que tem uma aliança com Deus, e daquele que não tem. É bom lembrar que naquele tempo Deus tinha aliança apenas com Abraão. Mas hoje, na era cristã, Ele quer fazer aliança com todos aqueles que crerem nas promessas de Seu Filho Jesus (At. 8: 36-37-38). A vitória no calvário estabeleceu novos termos de aliança com Deus, e todos podem participar das bênçãos estabelecidas através de Abraão, bastando para tal reconher os méritos do Filho de Deus que desceu da glória para nos salvar. Deus é o mesmo ontem, hoje e sempre, e da mesma forma que dirigiu Abraão no passado, também pode nos dirigir hoje, se obedecermos a Sua vontade.
Amigo, não se engane. Faz uma opção certa, crendo em Jesus como seu unico e exclusivo salvador, e certamente você vai descobrir que ele te desviará do mal, e te guiará no caminho da verdade (Jo. 16: 13). Eu dedico a você este salmo:
“Deleita-te também no SENHOR, e ele te concederá o que deseja o teu coração. Entrega o teu caminho ao SENHOR; confia nele, e ele tudo fará. E ele fará sobressair a tua justiça como a luz; e o teu juízo, como o meio-dia.” (Sl. 37: 4-5-6-).