Olhos de Deus

MSG 236 = 24.7.2011

“Eu, o SENHOR, esquadrinho o coração, eu provo os pensamentos; e isto para dar a cada um segundo o seu proceder, segundo o fruto das suas ações.” (Jr. 17: 10).

Vivemos numa época em que as câmaras de monitoramento estão espalhadas por quase todos os lugares. Quando acontece algo fora dos parâmetros toleráveis pela sociedade, elas são o primeiro recurso a que se recorre. Funcionando como olhos escondidos, esse recurso tem levado muitos infratores ao pagamento de seus erros, pois não há como contestar a verdade. Ele pode ser considerado como uma cópia imperfeita dos olhos de Deus. É algo que não vemos, mas que surpreende com a revelação de nossas atitudes secretas.

O texto acima transcrito mostra que os olhos de Deus estão sobe nós como uma câmara escondida, muito mais potente, pois eles vêem a partir de nossos pensamentos. Ao declarar que esquadrinha nossos corações, Deus indica que observa todos os nossos planos, para o bem ou para o mal. Como conhecedor de nossos desejos, o Criador tem o perfil pessoal de cada ser humano, e sabe com precisão o que vamos realizar amanhã. Entretanto, somos livres para fazer o que desejamos. Ele não interfere em nossos caminhos, salvo se O pedirmos. Veja o texto:

“ ... O SENHOR está convosco, enquanto vós estais com ele, e, se o buscardes, o achareis; porém, se o deixardes, vos deixará.” (2 Cr. 15: 2).

Mas a vigilância dos olhos de Deus tem uma finalidade muito séria. Um dia vamos passar por Sua avaliação, e os atos que praticamos serão pesados na balança da justiça divina. Aí, o fruto de nosso proceder vai determinar os resultados.

Nunca deveríamos esquecer de que a vida não se restringe ao curto tempo em que vivemos no corpo carnal. Acreditando ou não, o ser humano é essencialmente um espírito, habita num corpo, e tem uma alma, que gera desejos e emoções. Mas, independente de nosso querer, um dia o prazo de validade desse corpo vai terminar, e nosso espírito vai entrar em nova fase de sua existência. É aí que vamos sentir o peso da avaliação de Deus sobre o que fizemos, ou deixemos de fazer.

Jesus nos informou disso através de uma parábola, exemplificando o contraste na vida de dois personagens. Um que vivia em grande abundância e não buscou a Deus por julgar não precisar de mais nada; e outro que nada tinha aqui, mas temeu a Deus, abstendo-se de praticar o mal. O resultado para o primeiro foi muito triste. Veja o texto de suas súplicas:

“No inferno, estando em tormentos, levantou os olhos e viu ao longe a Abraão e Lázaro no seu seio. Então, clamando, disse: Pai Abraão, tem misericórdia de mim! ... porque estou atormentado nesta chama. ” (Lc. 16: 23-24).

Depois de perder o corpo físico, ele estava agora colhendo o fruto de suas ações. Jesus confirma aqui que a Palavra de Deus não volta vazia, ou seja, passe o tempo que passar, ela vai produzir os efeitos para o qual foi mandada (Is. 55: 11).

Amigo, desperta para a verdade. O corpo físico tem pequena duração no plano de nossa existência. O tempo dele é limitado por Deus no momento da concepção. Veja o que disse Davi em sua oração a Deus: “Os teus olhos me viram a substância ainda informe, e no teu livro foram escritos todos os meus dias, ... quando nem um deles havia ainda.” (Sl. 139: 16). Portanto, não se deixe enganar. Dedique algum tempo ao aprendizado e prática da Palavra de Deus, certo de que o Senhor te recompensará. Lembre-se de que o tempo de nossa existência depois da morte é infinitamente maior, pois somos a imagem e semelhança do Criador, e a vida de nosso espírito pode ser eterna.

Que o Senhor te abençoe e te guarde.