“ Não sabeis que daquele a quem vos ofereceis como servos para obediência, desse mesmo a quem obedeceis sois servos, seja do pecado para a morte ou da obediência para a justiça? ” (Rm. 6: 16).
No monte das oliveiras, pouco antes de orar a Deus em favor dos discípulos, e de cada cristão que deveria surgir ao longo dos tempos, Jesus declarou, em suas últimas Palavras, que, enquanto estivéssemos no mundo, haveríamos de ter aflições (Jo. 16: 33). Isso realmente ocorre, em razão de ainda estarmos sujeitos às astúcias do inimigo, oculto aos nossos olhos no mundo espiritual. Na verdade, não podemos ainda extirpar totalmente o mal que o inimigo nos causa, porque diante das determinações de Deus (Dn. 9: 26), haveremos de esperar a segunda vinda de Jesus, para que ele o faça (Ap. 20: 1-2).
Entretanto, podemos minimizar suas ações geradoras dos mais diversos danos morais, físicos e espirituais, se procurarmos viver de acordo com as regras contidas nas Escrituras. Mas é importante entender que as bênçãos de Deus nos alcançam na proporção de nossa obediência. Assim, quando observamos os detalhes da Palavra com mais profundidade, os efeitos são maiores em nossa vida.
O versículo que copiamos acima mostra que no mundo espiritual somos considerados servos de quem obedecemos. Portanto, se buscarmos obedecer a Deus em todas as nossas ações, somos Seus servos; se não fizermos isso, nos tornamos servos do inimigo. O caminho que pode nos conduzir à vitória com mais segurança, é tomar como modelo as atitudes do Senhor Jesus (Jo. 14: 6). Veja como ele reagiu diante da tentação. Vai aí o texto:
“ Então, o tentador, aproximando-se, lhe disse: Se és Filho de Deus, manda que estas pedras se transformem em pães. Jesus , porém, respondeu: Está escrito: Não só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus .” (Mt. 4: 3-4).
Jesus tinha poder para transformar em pães aquelas pedras. Mas, se o fizesse, estaria obedecendo a um mandado do diabo, e consequentemente se colocando na posição de servo dele. O pedido foi negado, com respaldo nas Escrituras (Veja Dt. 8: 3). Se, em vez de Jesus, estivesse ali uma pessoa mal evangelizada, certamente satanás teria tido êxito no lançamento de sua astúcia. Aquela proposta ingênua teria sido aceita, e a pessoa estaria se colocando em lugar de sua serva, em pecado perante Deus.
Isso é apenas um exemplo da maneira pela qual somos enganados, e acabemos tendo como conseqüência vários tipos de aflições. Portanto, como discípulos de Jesus (Jo. 8: 31-32), é importante que a cada dia possamos buscar um pouco mais da Palavra de Deus, e praticá-la em todas as coisas de nossa vida. Vivê-la com rigor, e sem diversificar a nossa fé, é a mais segura precaução. Veja o texto:
“ Eu sou o SENHOR, este é o meu nome; a minha glória, pois, não a darei a outrem, nem a minha honra, às imagens de escultura. ” (Is. 42: 8).
Amigos meus, as aflições que surgem em nossa vida, não acontecem por acaso (Veja Pv. 26:2). Elas entram porque de alguma forma erramos perante os mandamentos da justiça divina. Por isso, podemos evitar boa parte delas se dedicarmos a aprender e praticar a vontade de Deus como registra as Escrituras Sagradas. Essa foi a receita do rei Davi. Veja as palavras que ele dirigia a Deus:
“ Bem-aventurados os que guardam as suas prescrições e o buscam de todo o coração; Tu ordenaste os teus mandamentos, para que os cumpramos à risca. ” (Sl. 119: 2-4).
Ele passou por grandes desafios, mas venceu todos. O nosso Deus é o mesmo Deus de Davi, e devemos buscá-Lo enquanto temos a oportunidade de assim fazer (Veja Is. 55: 6).