O VALOR DA UNÇÃO

MSG 906 = 26/12/3033

Nossa existência é composta de espírito, corpo e alma, sendo que o corpo e a alma permanecem na terra, e o espírito volta para Deus (Ecl. 12: 7). Chamamos de unção, a força que Deus concede a nosso espírito quando somos chamados para servir ao Senhor (At. 1: 8). Ela pode ser em maior ou menor grau, dependendo dos pecados que o Senhor encontra, no momento em que o Espírito Santo opera nosso chamado (Mt. 25: 14-15). Portanto, a unção é uma força divina, concedida por Deus, para sustentar e testemunhar o poder de Deus na terra. É através dela que conseguimos entender a vontade de Deus, e também é através dela que somos usados para operar milagres. A unção não é uma qualidade pessoal; ela vem de Deus, e permanece como poder de Deus operando na terra. Somos apenas instrumentos usados pelo Senhor (At. 1: 8). Entretanto, ela tem um valor muito grande, pelo fato de ser a força do próprio Deus, operando através de Seus escolhidos. Os judeus consideravam muito isso, e tinham um profundo respeito quando sabiam que uma pessoa era ungida. Davi mostrou isso, quando seus homens pensaram que ele iria matar o rei Saul - que o perseguia - e foi encontrado em um momento de descuido em uma caverna. Eis o texto:

“... O SENHOR me guarde de que eu faça tal coisa ao meu senhor, ao ungido do SENHOR, estendendo eu a minha mão contra ele, pois é o ungido do SENHOR.” (I Sm. 24: 6).

Davi deixou claro que preferia perder para seu perseguidor, que tocar num ungido de Deus. Isso demonstrou que ele tinha profundo respeito pela força divina que havia em Saul, mesmo na situação de vida errada em que Saul estava. Vivemos num tempo em que a unção de Deus é totalmente desrespeitada, e até criticada por pessoas que se dizem cristãs, mas ignoram a verdade. Por isso, muitos têm caído em blasfema quando vêm o poder do Espírito Santo operando milagres através de pessoas ungidas, e o classificam como atuação do diabo (Mt. 12: 32). Isso acontece porque a maioria dos ensinadores da Palavra do Senhor não observam as recomendações das Escrituras, e, em desobediência ao que Deus recomendou, se baseiam em seus próprios conhecimentos (Pv. 3: 5-6-7). Elas são as que mais erram, e conduzem seus seguidores ao caminho errado, pois só creem no que estão vendo, e não percebem a unção de Deus operando milagre e maravilhas através daqueles a quem o Senhor levantou para isso. Elas são como fariseus do tempo moderno, e levam milhões de seguidores ao inferno. Veja o que Jesus disse a esse respeito. Eis o texto:

“Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Pois que percorreis o mar e a terra para fazer um prosélito; e, depois de o terdes feito, o fazeis filho do inferno duas vezes mais do que vós.” (Mt. 23: 15).

Quem ignora o mundo espiritual, e consequentemente a unção de Deus naqueles que são Seus servos, jamais levará o rebanho do Senhor a caminhos verdadeiros. São como cegos guiando cegos, e ambos vão cair no abismo, ou seja, vão amargar grandes sofrimentos depois da morte (Mt. 23: 16). Os que não blasfemaram ainda terão chances de salvação no juízo final (Ap. 20: 12). Mas até chegar lá eles estarão gemendo no fogo do inferno (Hb. 9: 27 e I Co. 3: 15). Com Deus não se brinca. Antes de criticar a unção de Deus em alguém, devemos julgar a nós mesmos, e examinar se não estamos buscando condenação para nossa alma, ou seja, se não estamos embarcando na canoa de satanás. Esse é o motivo pelo qual Jesus nos avisou para não julgar (Mt. 7: 1). Portanto, amigo, se você não entende as coisas espirituais, seja prudente. Não critique sem saber o que está fazendo, pois a resposta de Deus virá mais cedo ou mais tarde. Não inveje aqueles a quem o Senhor escolheu, pois é muito arriscado para sua alma.

Que o Senhor possa falar melhor ao seu coração.

Natanael de Souza