O Valor da Palavra

MSG 270 = 7/12/2011

“Chegada a tarde, trouxeram-lhe muitos endemoninhados; e ele meramente com a palavra expeliu os espíritos e curou todos os que estavam doentes”(Mt. 8:16).

Normalmente, não observamos a diferença dos efeitos que existem entre a nossa palavra e a Palavra de Deus. Mas é fácil descobrir que quando atentamos para a Palavra do Senhor, conforme está nas Escrituras, vemos que ela vai além da simples comunicação, e atua como fonte de vida, alimento para nossa alma, e espada de combate ao inimigo espiritual (2 Co. 10: 4). Em nenhum dos milagres realizados por Jesus a Palavra não deixou de ser usada. Portanto, a cura, a libertação e tudo o que Deus faz surgir em nossa vida, vem através da Sua Palavra. Assim, a condição essencial para vencer está em ouvir e praticá-la, guardando seus mandamentos. Isso foi recomendado por Deus desde o tempo em que o povo de Israel foi libertado do cativeiro do Egito (Dt. 28: 1 a 15). Existem relatos irrefutáveis, mostrando que aquilo que nos parece impossível pode acontecer quando colocamos a Palavra de Deus em primeiro plano.

O versículo acima dá uma idéia do poder que tinha a Palavra de Jesus, mostrando que naquela tarde não houve imposição de mãos sobre os doentes, mas apenas a emissão da ordem para que as doenças e os demônios fossem embora. À primeira vista podíamos pensar que esse poder era somente de Jesus. Mas houve exemplos semelhantes dados por outras pessoas comuns, mas que tinham grande fidelidade à Palavra de Deus. Veja o que Elias disse para Acabe, rei de Israel, muitos séculos antes de Jesus. Eis o texto:

“... Vive o SENHOR, Deus de Israel, perante cuja face estou, que nestes anos nem orvalho nem chuva haverá, senão segundo a minha palavra.” (I Re. 17: 1).

A Bíblia reporta a Elias como um dos moradores de Gileade, sem nenhuma descrição de sua escolha para profeta. Isso nos faz entender que ele era apenas uma pessoa comum da cidade. Mostram as Escrituras que a partir de sua palavra, Deus bloqueou a chuva durante três anos, e só choveu novamente, quando Elias orou pedindo chuva (I Re. 18: 42 a 45). Mas não foi só aquele tempo. Também depois de Jesus o poder da Palavra se fez notório através do apóstolo Paulo, quando Elimas, um homem enganador, tentava atrapalhar a fé de certo cidadão tido como o proconsul Sérgio Paulo. Registram as Escrituras que o apóstolo o repreendeu com veemência da seguinte forma:

“Ó filho do diabo, cheio de todo o engano e de toda a malícia, inimigo de toda a justiça, não cessarás de perverter os retos caminhos do Senhor? Pois, agora, eis aí está sobre ti a mão do Senhor, e ficarás cego, não vendo o sol por algum tempo. No mesmo instante, caiu sobre ele névoa e escuridade, e, andando à roda, procurava quem o guiasse pela mão” (At. 13: 10-11).

Esses e outros fatos deixam claro que a palavra de um homem fiel a Deus pode abençoar ou amaldiçoar. É evidente que isso não acontece com aqueles que soltam “abobrinhas” à vontade, mesmo porque nesse caso eles estão transgredindo o mandado de Jesus, que nos adverte para medir o que falamos (Mt. 5: 37). Mas para com os fiéis a Palavra de Deus se cumpre rigorosamente. Veja a declaração do Senhor:

“Assim diz Jeová, que te remiu e que te formou desde o ventre: Eu sou Jeová, que faço todas as coisas,... que confirmo a palavra do meu servo, e cumpro o conselho dos meus mensageiros;..” (Is. 46: 24-26).

Por isso, é muito importante buscar a unção de Deus, adorando-O em espirito e em verdade; e obedecendo tudo aquilo que o Espírito Santo nos ensina (Jo. 4: 23 e I Jo. 2: 27). Veja no caso de Elias que a força ou valor da nossa palavra não vem da posição religiosa que possamos ter ou não diante da sociedade; mas da maneira pela qual tratamos com Deus. Em Isaías 59: 2 Deus nos adverte de que as nossas iniqüidades e pecados são fatores de bloqueio para que Ele não nos ouça. Portanto, se queremos ser ouvidos e respondidos devemos lutar para eliminar os pecados e iniqüidades de nosso modo de viver.

Amigo, não importa a posição que você exerça perante os homens. Importa a maneira pela qual você considera Deus em sua vida. Ele sabe de tudo o que fazemos ou pretendemos fazer, conhece o intimo de nossos corações, e portanto, é infantilidade de nossa parte dizer que O amamos sem obedecer a Sua Palavra. Por isso, busque-O de todas as suas forças, com sinceridade, e certamente você verá a diferença. Veja o texto:

“Buscai o SENHOR, vós todos os mansos da terra, que pondes por obra o seu juízo; buscai a justiça, buscai a mansidão; porventura sereis escondidos no dia da ira do SENHOR. ” (Sf. 2: 3).

Que o Senhor possa falar melhor ao seu coração.