O VALOR DA FIDELIDADE

MSG 547 = 14/06/2017

“Visto que guardaste a palavra da minha paciência, eu também te guardarei na hora da provação que há de vir sobre o mundo inteiro, para provar os que habitam na terra. Venho sem demora; guarda bem o que tens, para que ninguém tome a tua coroa. “ (Ap. 3: 10-11).

Não são poucas as vezes que somos criticados por abstermos de atitudes e coisas consideradas abomináveis a Deus. Mas as pessoas de quem partem essas críticas são criaturas que desconhecem a verdade, e para elas só existe a vida carnal. Elas têm os mesmos elementos que compõem os seres humanos, ou seja, corpo, alma e espírito, mas estão totalmente cegas desse último. Por isso, não acreditam nas recomendações de Jesus. Talvez nunca pararam para examinar que não somos menos inteligentes que elas. Essa é a razão pela qual aqueles que, por incredulidade nos criticam, vão perder a oportunidade de se beneficiar do grande sacrifício feito pelo Filho de Deus em nosso favor, pois não gozarão do direito às grandes promessas de livramento que o Senhor tem para aqueles que passaram pela vida em fidelidade a Deus.

O texto acima reproduzido é uma das grandes promessas de Jesus para quem perseverar na prática de sua Palavra. Há quem diga que nesse texto Jesus promete o arrebatamento antes de iniciar a grande tribulação, para aqueles que forem achados em verdadeira fidelidade nesse tempo. Nós, entretanto, não nos julgamos tão bons assim, pois ao longo da história do povo de Deus, o Senhor tem mostrado que Ele nos livra, mas não nos isenta de passar pela prova. Cremos que a influência da prova em cada um de nós, está diretamente ligada à qualidade de nossa fé, ou seja, quanto maior for a fé, menor será a influência da provação. Isso nos leva a crer que quem tem um bom alicerce no conhecimento e prática da santa Palavra, não tem porque se amedrontar com as tribulações. Veja o que disse o apóstolo Paulo, referindo-se ao ensino do evangelho:

“ ... manifesta se tornará a obra de cada um; pois o Dia a demonstrará, porque está sendo revelada pelo fogo; e qual seja a obra de cada um o próprio fogo o provará. Se permanecer a obra de alguém que sobre o fundamento edificou, esse receberá galardão; se a obra de alguém se queimar, sofrerá ele dano; mas esse mesmo será salvo, todavia, como que através do fogo” (I Co. 3: 13-14-15).

Quando Paulo fala de obras a serem reveladas pelo fogo, ele se refere à fé de cada um diante das tribulações que vamos passar. Como está escrito, a fé vem pelo ouvir, e o ouvir pela Palavra de Deus (Rm. 10: 17). Portanto, ele quer dizer que quem recebeu um bom ensinamento do evangelho construiu um edifício de ouro em seu coração, e com toda certeza passará pela prova da grande tribulação sem muita dificuldade. Isso assemelha à prova de Daniel na cova dos leões (Dn. 6: 16 a 22). No primeiro versículo do texto básico acima reproduzido, Jesus não promete nos tirar da prova; mas nos guardar, na hora dela, de acordo com a fidelidade que tenhamos vivido. Por isso, considerando as palavras de Paulo, cremos que haverá um galardão para quem, em termos de fé, construiu um edifício de ouro, ou seja, segurou a Palavra no coração e viveu totalmente por ela, como foi o caso de Daniel. Isso nos faz crer que todos os cristãos que estiverem vivendo no tempo da grande tribulação, haverão de passar pela prova. Aqueles que deram ouvidos ao Senhor e construíram a fé como um edifício de ouro, não se queimarão (Dn. 3: 23 a 28).

Nota-se também que serão salvas as pessoas mais fracas na fé, isto é, aquelas que viveram com um grau inferior de conhecimento e fidelidade. Elas construíram um edifício com menor resistência, e terão maior sofrimento. Mas a Palavra de Jesus se cumprirá, já que, apesar de suas fraquezas, elas creram e foram batizadas (Mc. 16: 16). Ainda no segundo versículo do texto inicial acima reproduzido, Jesus recomenda para não permitirmos que tomem a nossa coroa. Ele sabia que em algum tempo os falsos profetas iriam tentar fazer isso (Mt. 7: 15). Assim, é necessário ter coragem para não permitir que isso aconteça, pois se dermos lugar ao medo, não entraremos no reino dos céus (Ap. 21: 7-8).

Amigo, quem pagou pelos nossos pecados, foi Jesus Cristo. A ele devemos obediência e fidelidade irrestritas. Portanto, não aceite que nenhum homem da terra – por mais importante que pareça ser – ocupe lugar em seu coração, tomando o que é devido ao Senhor.

Que as bênçãos do nosso Deus te alcancem abundantemente.

Natanael de Souza