O Testemunho

MSG 276 = 25/1/2012

“Mas, depois de muito esperar, vendo que nenhum mal lhe sucedia, mudando de parecer, diziam ser ele um deus. ” (At. 28: 6).

O testemunho que damos, falando sobre o que Jesus fez em nossa vida, é altamente importante para propagação do evangelho. Ele é um instrumento que pode gerar respeito por parte daqueles que não tiveram uma experiência com o Senhor, e o meio pelo qual mostramos o que Deus fez. Em geral, quando passamos um testemunho através da explicação verbal, aqueles que nos ouviram podem acreditar ou não no que dissemos, pois esse tipo de testemunho atinge às grandes massas de pessoas; porém alcança seus corações de maneira fraca. Mas a forma de testemunho muito mais eficiente, é aquela em que não falamos nada, mas chamamos a atenção do incrédulo pelo que ele vê acontecendo em nossa vida. Esse é o testemunho mudo, difícil de ser dado, mas que atua de modo irrefutável no coração das pessoas, dando resultado muito mais eficiente.

O versículo acima reproduzido mostra um testemunho desse tipo. O começo do relato descreve a situação do navio em que o apóstolo Paulo viajava como prisioneiro. A embarcação foi apanhada por uma forte tempestade, mas, por causa de Paulo, a providência divina salvou a todos, levando-os a encontrar a ilha de Malta (At. 28: 1). Porém, ao desembarcar na ilha, Paulo foi mordido por uma cobra, e todos esperavam que isso o levasse à morte (At. 28: 4). Entretanto, a unção de Deus que tinha sobre ele impediu que viesse acontecer qualquer tipo de mal, levando todos a ficarem surpresos por ver que o tempo passou e nada absolutamente aconteceu a Paulo. Isso fez aqueles que esperavam sua morte mudar de opinião por terem visto algo diferente, e aparentemente sem explicação na vida de Paulo. Passaram então a ver no apóstolo um grande poder sobrenatural, a ponto de considerá-lo um deus.

Esse é o que podemos chamar de testemunho mudo, porque não é narrado verbalmente, mas visto aos próprios olhos dos incrédulos. Foi também o tipo de testemunho que Jesus deu quando os discípulos mandados por João Batista perguntaram se ele era o Cristo (Mt. 11: 4-5).

No entanto, é de se considerar que mesmo diante de fatos irrefutáveis ainda existe quem escandalize, como, aliás acontece com alguns casos em nossos dias. Mas o Senhor adverte com rigor a respeito desse tipo de comportamento. Veja o que disse Jesus àqueles que descreram no poder de Deus, mesmo vendo a cura imediata de várias pessoas. Eis o texto:

“Se alguém proferir alguma palavra contra o Filho do Homem, ser-lhe-á isso perdoado; mas, se alguém falar contra o Espírito Santo, não lhe será isso perdoado, nem neste mundo nem no porvir. ” (Mt. 12: 31-32).

Essa declaração foi feita aos fariseus, que, mesmo vendo um milagre irrefutável diante de seus olhos, tentaram distorcer a verdade atribuindo o fato ao poder de satanás (Mt. 12: 22-23-24). Deus nos avalia pela sinceridade que vê em nosso coração, e sabe se temos ou não consciência da verdade. Isso quer dizer que se a pessoa tem convicção da ação divina, e mesmo assim a rejeita, ela está preferindo o diabo em vez de Deus. Nesse caso sua opção é respeitada pelo Criador. Essa pessoa já definiu seu caminho, e não precisa de perdão.

No caso específico da ilha de Malta, o testemunho levou muitas pessoas a crerem no poder de Deus, beneficiando os nativos e os náufragos. Com certeza, Deus levou aquele navio ali porque viu sinceridade no coração de todos (Veja 2 Cr. 16: 9).

Amigo, dar um bom testemunho é o dever de todos aqueles que querem conquistar a salvação. Portanto, precisamos nos esforçar continuamente para que possamos ser vistos como um exemplo de fé diante das pessoas que nos cercam, pois somos o sal da terra, e temos - para com Deus - a obrigação moral de fazer a diferença.

Que o Senhor te abençoe e te guarde.