Mensagem

O SENTIDO DO ALTAR

MSG 659 - 27/08/2019

       O altar do tempo de Moisés era especificado na lei judaica, como o local onde se oferecia sacrifícios de animais, para encobrir nossos pecados dos olhos do Senhor. Portanto, ele era o lugar onde, através do sacrifício especificamente determinado por Deus, ficávamos livres dos obstáculos que impediam nossas bençãos (Ex. 20: 24-25). Assim, a partir do momento em que obedecíamos a lei, ministrada no altar, estávamos aptos para entrar em comunhão com o Senhor, já que nossas transgressões não faziam mais separação entre nós e Deus (Is. 59: 1-2). Entretanto, o sacrifício de Jesus cancelou a necessidade daquele altar, pois ele se tornou o sacrifício perfeito que não precisa ser renovado todas as vezes que pecamos. No pacto da Nova Aliança, o altar tem caráter espiritual, pois é a presença da Palavra de Jesus em nosso coração. Veja o disse o autor do livro de Hebreus. Eis o texto: 

      “Não vos deixeis envolver por doutrinas várias ..., porquanto o que vale é estar o coração confirmado com graça... Possuímos um altar do qual não têm direito de comer os que ministram no tabernáculo. Por isso, foi que também Jesus, para santificar o povo, pelo seu próprio sangue, sofreu fora da porta. Por meio de Jesus, pois, ofereçamos a Deus, sempre, sacrifício de louvor, que é o fruto de lábios que confessam o seu nome.” (Hb. 13: 9-10-12-15).   

       Depois do sacrifício de Jesus, o verdadeiro cumpridor da santa Palavra passou a tê-la como altar de forma não física, mas espiritual. Portanto, devemos considerar que Cristo entrou no Santuário Celestial para mediação entre nós e Deus (I. Jo. 2: 1 a 4). Ali o incenso que antigamente se oferecia, é representado pelas orações dos santos (Ap. 5: 8).

       Os primeiros cristãos tinham a Palavra de Jesus no coração, mas não tinham altar. As ofertas eram colocadas aos pés dos apóstolos (At. 4: 36-37). Mas o cristianismo tomou o mundo, e se fez necessário o uso de um lugar em forma física, idêntico ao verdadeiro altar, para ministrar o evangelho. Devemos, então, respeitar como um lugar santo, pelo fato estar saindo dali a Palavra de Deus através dos ministros (Ex. 3: 5). No entanto, não tem a mesma conotação do altar antigo, pois nossas bençãos vêm de Jesus, como o Sacerdote eterno, e nos alcança onde quer que estejamos. Veja no convite que ele nos fez. Eis o texto:

       “Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei.  Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração, e encontrareis descanso para a vossa alma” (Mt. 11: 28-29).  

       Portanto, hoje nossas bençãos deixaram de partir do altar, onde os pecados se tornavam apenas encobertos; e partem de Jesus que pagou com seu sangue pelas nossas transgressões. Ele é o Sacerdote eterno, com poder para perdoar, e nos resgatar das trevas (Sl. 110: 4 e Mc. 2: 10). O caminho para isso é crer nele com mandam as Escrituras (Jo. 7: 38).

       Dessa forma, o altar de hoje não é mais feito por mãos humanas, mas algo espiritual muito superior ao do tempo de Moisés. O sacrifício é o louvor de nossos lábios (Hb. 13: 15). Por isso, todo o cristão deve agradar a Deus, dizimando para participar do plano do Senhor que se cumpre na face da terra, com vistas a plantar a santa Palavra em cada coração humano (Jr. 31: 33 e Gn. 14: 20). Porém, tendo a consciência de que é por meio da obediência a Jesus que somos abençoados, onde quer que estejamos.

 
       Que o Senhor nos conceda a força e o poder para vencer todas as coisas.
 
                                                                                    Natanael de Souza