“Aconteceu morrer o mendigo e ser levado pelos anjos para o seio de Abraão; morreu também o rico e foi sepultado. No inferno, estando em tormentos, levantou os olhos e viu ao longe a Abraão e Lázaro no seu seio. Então, clamando, disse: Pai Abraão, tem misericórdia de mim! E manda a Lázaro que molhe em água a ponta do dedo e me refresque a língua, porque estou atormentado nesta chama.” (Lc. 16: 22-23-24).
Muitas pessoas passam pela vida de maneira aparentemente confortável, possuindo recursos suficientes para resolver a maioria dos problemas que surgem. Essa é uma das situações que normalmente nos leva a acomodar e achar que não temos necessidade de buscar o poder de Deus (Ap. 3: 17). No entanto, ela pode levar a caminhos dolorosos, já que, com o advento da morte, independente da forma como vivemos, estamos sujeitos a sofrer mudanças radicais na continuidade de nossa existência. Surge daí a necessidade de buscar o conhecimento da vontade de Deus revelada nas Sagradas Escrituras, e viver de acordo com o que Ele manda. Mas isto só é possível se abrirmos mão de desejos que não condizem com os mandamentos da lei divina. É claro que não é fácil tomar essa decisão, mas aqueles que o fazem, mais cedo ou mais tarde vêm o resultado de seu esforço, pois Deus promete recompensar a cada um segundo os frutos de suas ações (Jr. 17: 10).
Os versículos que acima transcrevemos são partes de uma ilustração feita por Jesus, demonstrando o que acontece com as pessoas após a morte. A primeira coisa que ele deixa clara é que a morte nos tira o corpo, mas não tem poder para tirar a vida. Entretanto, a partir dela nossa situação pode se tornar totalmente inversa em relação à que vivíamos antes de morrer. Nossa existência pode se transformar em gozo ou sofrimento, dependendo de termos ou não obedecido a Deus. Nesse texto Jesus mostrou que tanto o homem rico como o mendigo Lázaro perderam seus corpos físicos de uma mesma forma. Mas seus espíritos tomaram rumos diferentes após a morte. Enquanto o mendigo foi levado para os céus– no texto representado como o seio de Abraão – o rico ficou por aqui mesmo, e foi recolhido pelos domínios malignos, já que o inferno acompanha a morte (Ap. 6: 8). Isso quer dizer que, via de regra, a pessoa que não vive na comunhão com Deus é recolhida pelo inferno quando morre.
Mas para aqueles que temem a Deus as coisas acontecem diferentes. Eles são selados para o dia da redenção, por serem considerados propriedade exclusiva do Senhor (Ef. 4: 30; I Pe. 2: 9). Esse foi o caso do espírito do mendigo Lázaro, que levado pelos anjos subiu aos céus para viver em glórias. Cumpriu então sobre ele a Palavra de Deus revelada pelo apóstolo João. Veja o texto:
“Sabemos que todo aquele que é nascido de Deus não vive em pecado; antes, Aquele que nasceu de Deus o guarda, e o Maligno não lhe toca.” (I Jo. 5: 18).
Amigo (a) independente de se crer ou não, todos nós vamos passar pela experiência da morte, e depende exclusivamente de cada um tomar a decisão de conquistar uma boa posição na vida espiritual, ou simplesmente se tornar servo do inimigo, como Jesus mostrou no texto básico que apresentamos acima. As Escrituras declaram que Deus tem reservado um descanso para aqueles que O obedecem (Hb. 4: 9-10-11). Portanto, medite você mesmo, se vale ou não a pena tomar decisões para ter uma vida plena da graça de Deus quando terminar seu tempo aqui.