O REINO DE DEUS

MSG 873 = 10/05/2022

Quando nos referimos a um reino, a tendência é pensar num domínio de pessoas físicas. Mas Deus é Espírito, e importa que assim O consideremos. Portanto, devemos lembrar que existe o reino que vemos, e o reino que está oculto aos nossos olhos, e que - na verdade - é mais importante que o reino do muno físico, pois a Bíblia diz que aquilo que se vê não foi feito daquilo que é aparente (Hb. 11: 3). Isso deixa clara a importância dos dois mundos, mostrando que deixamos muito a desejar quando levamos em conta apenas o vemos (Jo. 4: 24). Assim, é vontade de Deus que venhamos aperfeiçoar nosso conhecimento do mundo superior (Mt. 5: 48). Jesus apontou para esse sentido, respondendo aos religiosos, que o interrogaram sobre a vinda do reino de Deus à terra. Eis o texto:

“... interrogado pelos fariseus sobre quando havia de vir o Reino de Deus, respondeu-lhes e disse: O Reino de Deus não vem com aparência exterior. Nem dirão: Ei-lo aqui! Ou: Ei-lo ali! Porque eis que o Reino de Deus está entre vós. “(Lc. 17: 20-21).

Essa resposta nos faz entender que àquela época Deus já reinava na terra, e Jesus mandava seus discípulos que o anunciasse (Lc. 10: 9). Isso era uma clara indicação de que satanás já não dominava mais absoluto sobre os homens, conforme o fez desde a queda espiritual de Adão (Gn. 3: 23-24). Os registros bíblicos, através das declarações de João Batista, indicam que o reino de Deus já estava estabelecido nas regiões celestiais, antes da vinda de Jesus (Mt. 3: 10). João apontava para profundas mudanças no relacionamento entre Deus e nós, onde o Senhor exigia que arrependêssemos de nossos pecados, e Jesus nos deu muitas informações sobre como deveríamos portar para alcançar o reino de Deus (Lc. 16: 16). Porém, as informações mais detalhadas estão no livro do Apocalipse, nos quatro cavalos espirituais enviados à terra, onde o branco se refere à força do evangelho anunciado por Jesus; o vermelho à força do Espírito Santo que nos convence do pecado; e o preto a justiça divina que julga nossos atos no momento em que morremos (Ap. 6: 2 a 6). O quarto cavalo, o amarelo, mostra o espírito da morte – ferramenta primordial de satanás – reduzido a um quarto do que era antes, quando o diabo reinava sozinho, e indicando que ele confere todos os que morrem para ver se pode escravizar (Ap. 6: 7 e 8). Evidentemente ele sabe que não pode tocar naqueles que têm o selo de Deus (Ef. 1: 13). Veja o que disse o apóstolo João.

“Sabemos que todo aquele que é nascido de Deus não peca; mas o que de Deus é gerado conserva-se a si mesmo, e o maligno não lhe toca.” (I Jo. 5: 18).

Essa é a razão de Jesus declarar que quem não nascer de novo não entra no reino de Deus (Jo. 3: 3). Entrar no reino de Deus significa alcançar a santificação, vencendo os obstáculos pela fé. O perfil desse caminho foi mostrado a Jacó, quando Deus confirmou com ele a promessa de salvação (Gn. 28: 12). Foi por isso que Jesus nos mandou buscar em primeiro lugar o reino de Deus e sua justiça (Mt. 6: 33). Entretanto, é grande o número daqueles que estão sendo ensinados a perverter a Palavra de Deus, usando-a para fins particulares (I Tm. 4: 1-2). Esses jamais entrarão no reino de Deus, e serão julgados por seus atos no dia do juízo final (Ap. 20: 11 a 15).

Que o Senhor nos conceda a força e o poder para vencer todas as coisas.

Natanael de Souza