Mensagem

O PERIGO DA PALAVRA

MSG 964 = 20-02-2024

         As afirmações Sim, sim; ou Não, não, expressam nosso livre arbítrio, ou seja, o direito de decisão que o inimigo tem de respeitar. O homem foi criado com direito a esse tipo atitude, que até mesmo o Senhor respeita. Em muitas vezes, quando Jesus perguntava a alguém “o que queres que eu te faça”, ele só queria que a pessoa declarasse sua própria vontade. Portanto, ninguém pode impedir nosso direito de decidir o que queremos ou não queremos. No restante das palavras que proferimos, as grandes potestades malignas podem influenciar, distorcendo ou falsificando o sentido de nossa verdadeira vontade. Por isso, quanto menos falarmos, menor será a oportunidade de distorcer aquilo que saiu do nosso coração. Veja o que o Senhor nos ensinou. Eis o texto:

    “Seja, porém, o vosso falar: Sim, sim; Não, não; porque o que passa disto é de procedência maligna” (Mt. 5: 37). 

      A Palavra de Deus diz que o diabo anda ao nosso derredor, buscando a quem possa tragar (I Pd. 5: 8). Isto indica que ele está pronto para entrar em nossa mente e distorcer nossa legitima vontade. Entretanto, quando vigiamos e oramos, o Espírito Santo nos guia, e o maligno não pode influenciar nosso pensamento, nem as palavras que vamos proferir (Mt. 26: 41). Porém, quando nos afastamos do Senhor, ficamos expostos, e facilmente somos enganados. Esse foi o caso de Pedro, quando mudou de atitude e negou a Jesus.  Nossas palavras podem abençoar; ou amaldiçoar quando, proferimos coisas más, pois elas têm efeito no mundo espiritual. Cada vez que desligamos nossa mente das coisas de Deus, abrimos caminho para a entrada das sugestões do maligno, e a  qualquer momento podemos ter a mente invadida pelos envios das potestades satânicas. O momento que distanciamos da comunhão com Deus, é a oportunidade que eles esperam (Ef. 6: 11). Elas podem influenciar em situações importantes de nossa vida. Foi por isso que o apóstolo Paulo nos instruiu a viver na prática de alguns princípios que podem impedir a cilada do inimigo. Veja o texto do que ele disse:

      “Estai, pois, firmes, tendo cingidos os vossos lombos com a verdade, e vestida a couraça da justiça; E calçados os pés na preparação do evangelho da paz; tomando sobre tudo o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do maligno. Tomai também o capacete da salvação, e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus;” (Ef. 6: 14 a 17).   

       A prática permanente desses princípios, forma em nós um escudo espiritual, que impede os efeitos do ataque inimigo. Porém, temos que adotá-la por princípios de vida, para que os envios das potestades espirituais malignas não nos peguem de surpresa. Grande parte das pessoas caem da fé por ser imprudentes, e não vigiar na prática dos princípios relatados no texto acima. Elas acabam dando brecha para a entrada do diabo proferindo palavras de maldição. Portanto, nossas atitudes devem ser firmes, e as palavras inadequadas devem ser evitadas. Deus indicou isso, quando escolheu os guerreiros de Gedeão para a batalha contra os medianitas. Entre trinta e dois mil homens, ele aprovou apenas trezentos que eram prudentes e valentes ao mesmo tempo (Jz. 7: 4-5-6).

             Que o Senhor a quem servimos possa falar melhor ao seu coração.
 
                                                             Natanael de Souza